[Verso 1: Nauí]
(Não tenho medo)
De viver a todo vapor
Encarar o peso seja qual for
Me impor, ganhar ou perder um amor
Arriscar, apostar, correr, sentir dor
(Não tenho medo)
Da morte de um corte de um azar ou sorte
De ficar sem norte. Levantar do capote
De um trote que te da o bote
Pois o que não aniquila só deixa mais forte
(Não tenho medo)
De insistir, persistir, encarar um caminho e seguir
E resistir barreiras da vida enquanto um sonho existir
(Não tenho medo)
De nadar contra a corrente mesmo intensa
Cansar o corpo em estado de emergência
E pra quem não entende a essência
É tchau e "bença" sem dar audiência
(Não tenho medo)
De recomeçar, de se reformar
Encarar esporros, escalar morros
Rumo ao topo pra saltar
(Não tenho medo)
De me perder pra me achar
De não correr pra me pegar
De mudar essa opinião, pois não tenho medo de mudar
[Refrão: Nauí]
Não tenho medo e sigo os caminhos dessas setas
Que sinalizam o meu tempo, pois eu sei que a morte é certa
E enquanto eu estiver aqui
Pensar e logo existir
Haverá uma lei a seguir
A de ir em frente
[Verso 2: Doctor Zumba]
(Não tenho medo)
Da tempestade que ronda
Do pessimismo que assombra
Tentando "pesar minha lombra"
Infectar meu coração
Escuridão em ascensão
(Não tenho medo)
Do inimigo invisível que todo dia me esquivo
Desafiando o impossível faço aqui da canção
As chaves dessa prisão
(Não tenho medo)
Medo de parar. Medo de continuar
Medo da vida, medo da morte ou da sorte não constar
(Não tenho medo)
De lutar sonhar
Estrada estreita, caminhar e aonde ela vai me levar
De enlouquecer pra encontrar lucidez
Bem longe do reino da estupidez pra manter o meu espírito são
(Não tenho medo)
Da madrugada da quebra e nem demônios que me oferecem as "de cem" pra me ver no chão
[Refrão: Nauí]
Não tenho medo e sigo os caminhos dessas setas
Que sinalizam o meu tempo, pois eu sei que a morte é certa
E enquanto eu estiver aqui
Pensar e logo existir
Haverá uma lei a seguir
A de ir em frente
[Verso 3: Nauí]
E na corrida contra o tempo segue mais um cidadão
Batalhador, sofredor, matador de leão
Guerreiro menino, rude boy
Curando as feridas da vida que doem. eu sei que doem
Quem me levará (sou eu)
Quem regressará (sou eu)
Quem guiará minha trilha pra poder seguir o dia sou eu
E sigo através dos lares
Novos hectares. Respirar novos ares
Busca a calma. Renovar a alma
Sentir pulsar a energia vital
O coração bate palma
De norte a sul por um aconchego
Esquivando dos que apontam o dedo
Se é pra ser feliz acordo cedo e vou pois
Não tenho medo