​xtinto
Precipícios
[Verso 1: xtinto]
Sente o fabrico próprio
Eu raramente fabrico sóbrio
Tropa eu vi-me mórbido em cima dum beat pródigo
E eu 'tou sick, lógico
Do meu psicológico
'Tou num jazigo tóxico onde recito o ócio
Reciclo o ódio pelo pódio
Encriptado
No subsolo, eu subo só
Para acertar o relógio
Chego a horas ao clock e o coloco
Cloreto de sódio
Prometo não ser antiespasmódico
Sócio, tanta dor, amor no próximo episódio
[?], é tentador ver o que eu grego no portefólio
'Tou cego meio agnóstico e anoto isso num post-it
É cómico, só que tipo, não me cola ser católico
Sinto-me em estado crítico sem atestado clínico
E sem antes estar apto sou testado num estado críptico
'Tou tipo o Taarabt, em fraco estado físico
Num beat sou tarado e embarco num coma olímpio

[Verso 2: cripta]
De tanto nadar contra a maré
Preciso de me enxugar André
Para e pensa ok mas nem sempre que penso paro
Raramente ou nunca pensamentos a ensopar
O peso só para na nuca
Rotina é uma foice
Durmo com pouco, bebo
Fumo muito, corvo morto
E o desporto foi-se
Desde que o Diabo sorriu
Tão bom, sombrio
Com dom sem brio
Branco frio cabril
Apaixonei-me abriu-me
As portas em abril
E eu deixei-me, não vendi
A alma ao diabo, eu ofereci
E agora sim, sinto-me bem
Tenho [feraz?], pulveriza na ferida
Grita mas dá uma passo
Queriam que eu subisse
As escadas eu desci
Safodam fardas e fadas
Foi aqui que eu me benzi
Sombras que vou conhecendo
Vício é um precipício com escadas que vou descendo