[Letra de "Cadáver"]
[Refrão]
Infame até virar cadáver, não
Inflamo aquilo que a moca dá a ver
No meu limbo onde eu desço baixo
O meu queixo cai, o meu trecho vai
Ser eterno, dou-me ao inferno ao vão
E juro, eu quando virar cadáver, não
Inflamo aquilo que a moca dá a ver
No meu limbo onde eu desço baixo
O meu queixo cai, o meu trecho vai
Ser eterno, dou-me ao inferno ao vão
E juro, eu quando virar cadáver
[Verso 1]
Hey, saio do caixão à MacGyver
Não saio do Cais são, só a mancar, vê
Não escondo o meu truque, manga é cava, e еu
Não engulo sapos que vêm cá aviar
Bulo à Markl numa cave, ya
A sеis palmos, no sétimo é cova
Luxo é uma ova, eu não sou caviar
Pelo desassossego do meu livro
Aposto no mérito póstumo
Pagino o medo num versículo
Posto a intempérie no meu pós tumulto
Riposto mudo, de luva branca onde eu alojo luto
Dilúvio vem num coma um coche bruto
Alcanço o infinito já pós-defunto
A voz de fundo é o Morgan Freeman, na morgue eu vi freedom
Dar luz à escrita na qual usei ferida
Epílogo vem porque abusei do fígado
Epitáfio escrito acima do meu nível
Pitar frio que é vingança que o bicho quer
Vir com a bonança que hoje qualquer rich quer
Abano a balança que a lírica sísmica
É 10/10 nessa escala de Richter
Hm, 'tou me'mo a versicular os blocos
P'a tar num auricular ou fones
Pegar numa aura e colar aos cornos, ya
Educar, reciclar os clones
Circular até à nuvem nove
Sim, claro que esse people dorme, 'tou
[Refrão]
Infame até virar cadáver, não
Inflamo aquilo que a moca dá a ver
No meu limbo onde eu desço baixo
O meu queixo cai, o meu trecho vai
Ser eterno, dou-me ao inferno ao vão
E juro, eu quando virar cadáver, não
Inflamo aquilo que a moca dá a ver
No meu limbo onde eu desço baixo
O meu queixo cai, o meu trecho vai
Ser eterno, dou-me ao inferno ao vão
E juro, eu quando virar cadáver
[Verso 2]
(Mete, mete aí a voz, se faz favor)
Yo, vou só ser pó de cosmos
O benji disse: "Tu vais ser eterno com aquilo que cospes" (Woo)
Normal haver goals que batam nos postes
Eles querem-te a passar fome longe dos olhos que engordes
Hey, talvez depois de morto passe dos fones
Ou talvez os meus sonhos sejam disformes (Woo)
Nem passam por estar listado na Forbes
Só alistado na história com o riscado nos blocos
No dia em que eu partir, tu vês o coriscar dos gods
Rascunhar o meu nome em noites estreladas como ovos
A luz já não pega susto
E com o sangue das cobras dei rédeas ao meu Pegasus
Mutante pelas obras, gigantes pelas horas
Em que putrido entre dores
Fiz delas linhas paridas pelo útero da Dolores
É o ejacular de bolas de ouro, e sim, sem gula chovo
A ser infame até ao sono até que a tuga engula choro (Hah)
E eu em guerra até que venha a paz forçada
Certo que serei terra em terras dessa pá esforçada
O ser que enterram, deserto tipo ares do Saara
P'ra experienciar na guelra o te emancipares do nada
Do nada, gémea essa alma, eu creio ter as coordenadas
É bioluminescente no escuro que nadas
A linha de sete que cede nos teus chakras
Concede-me o teu charro, que as jardas que eu apanho
Não te viram correr mais jardas que o que apanho
Há espinhos entre vidros dessas jarras que eu manquei-me
Tudo traumas do que empranho
E até rebentar as águas entre barbas que eu cortei
São armas que eu cacei, azar, mas acordei
[Outro]
Infame até virar cadáver
Inflamo aquilo que a moca dá a ver
No meu limbo onde eu desço baixo
Meu queixo cai, meu trecho vai, hm