Matheus Coringa
Sem Título
[Produzida por: 808 Luke]
[Verso 1: GÁBE]
Liguei pro Banks pra virar gangsta tipo Lloyd Banks
Mas eu não quero competir com esses debiloide
Nasceram em berço de ouro, cês tão tipo Trunks
Não te entenderia nem se fosse o Freud ouvindo Froid
Pra entender os anseios todo meio meio antes que me leiam
Procurando as falhas que eu cometo todo dia
Cometas me rodeiam, meus amigos me odeiam
Porque eu não faço música, só faço poesia
Quem diria, fui em Asgard busquei Odin
Implantando o caos pra acabar com a guerra
Oh mãe terra, desespera
Com a drena do amor que trás a força de Caim
A voz de Atena sussurrando um ciclo que nunca se encerra
Engolindo anjos e arrotando feras
Procurando em feiras cura pras angústias que eu não mais encaro
Pregando profecias, foda-se o protecionismo
Um público fiel vai me dar um dízimo mais caro
[Ponte: GÁBE]
Aposto tudo no faro
Aposto tudo no faro
Aposto tudo no faro
[Verso 2: Coringa]
E olha que eu não sou Rodrigo
E meu nariz não tá sensível como o do Fabão
Mas me leve para Asunción
Me deixe em paz, não me deixe com seus pais
Vocês são sem sal como o Biel cantando Racionais
Eu não quero que féla da puta nenhum me entenda
Por mais que eu entenda vocês, caguei pra vocês
Eu me libertei de ser um cara frustado, dei um dois
Eu só não me libertei de ter vendido meu Play 2 (há)
Eu sou um cara tão simples, gosto de bundas e rifles
E refris e fiz essa aqui
Abstrato como um quadro de Salvador Dali
Eu sou da Bahia e aprendi a viver por aqui (há)
Jogado em bares, respiro outros ares
Naufraguei por vontade própria nesses males
Atlantes perto, fui
[Refrão]
Hoje cês vão dormir de luz acesa
Com medo de ir na geladeira, vão fazer dieta
Quando o monstro despertar e estremecer teu teto
Tão deixando aproximar e hoje o monstro flerta
[Verso 3: Dudz]
Cruzei a barca de Caronte frente os erros
Me puseram freios que antes eu não tinha
Notificações da vida me mostraram o preço desse recomeço
Pintador de dádiva, com peso de dívida
Os deuses me entenderam
Vou te falar internamente, eles me entenderam
Bloco de notas lapidado por raios de Zeus
Depois que verem os meus, vão ter vergonha dos seus
Trouxe presentes e nem é Natal, não é dezembro
Derrubando torres e nem é setembro
Larguei o terço com selo da Tectoy
Pra não morrer igual plebeu, pra não rimar igual playboy
Seu olho míope não me enxerga
E eu durmo com os meus abertos, tipo na jega
Quebramos os KM's, queremos as léguas
Igual Jaguar rasgando a selva, então vem, me pega
[Refrão: Dudz]
Hoje cês vão dormir de luz acesa
Com medo de ir na geladeira, vão fazer dieta
Quando o monstro despertar e estremecer teu teto
Tão deixando aproximar e hoje o monstro flerta
[Verso 4: Estranho]
Essas rimas valem ouro, mas são grátis
Poetas na internet, zoológico da arte
Eu nunca tive Whats, não me peça
Eu tenho pressa pra ir mais devagar
Eu prego peças pra ninguém desmontar
Melancólico irônico, na veia cômica
Quebrando raciocínios, bomba lírica, atômica
Vômito químico na folha, estilo islâmico
Esse rapaz tá com a bubônica
Só pra brincar, eternize o renascer
Externe os dados do HD
Faça o que quiser fazer, orquestra simbólica
Poetas no FL e na MPC
Nas pickups, nas paredes, power move na TV
E você hoje vê, só que nem sempre foi assim
Tantas vezes pra morrer, se pá até mais que o Kuririn
Emergiram MC's dos retalhos de cetim
O topo é só mais um meio, tá longe de ser o fim
[Refrão]
Hoje cês vão dormir de luz acesa
Com medo de ir na geladeira, vão fazer dieta
Quando o monstro despertar e estremecer teu teto
Tão deixando aproximar e hoje o monstro flerta