Dino d’Santiago
De Ke Vos Sirvo Afinal
[Letra de "De Ke Vos Sirvo Afinal"]

[Verso 1: Sir scratch]
Com um circunflexo e acento no porque, pergunto porquê?
Que das a sensacao de nem sequer perceber
90% daquilo que eu sinto e compilo
Formando musicas de lúcidas ideias, só te chegam a meias
E eu a pensar que era por completo
Devido a tanto afecto, mas nem perto estava de estar certo
Mas eu gostava que o destaque dado pelo interprete fosse
Com bases como o papel deste esboço
E não por fases e curiosidades que a moda trouxe
Um dia, p'ra depois não ter que ve-la a vir
E a tirar-te, o que é mais do que Arte
É amar-te

Porque é um querer bem que em mim vem e me faz perguntar-te
De um modo natural, de que vos sirvo eu afinal [x2]

[Refrão: Dino]
De que vos sirvo afinal, só canto o que sinto
De que vos sirvo afinal, sou real e não minto
De que vos sirvo afinal, só canto o que sinto
De que vos sirvo afinal, yeah yeah yeah

[Verso 2: Vui-Vui]
Desde a Babilonia que se ouve dizer
Que o tão fácil é falar, o complicado é fazer
E geralmente quem critica não indica caminhos, pois é (that's right)
Águas paradas nunca moveram moinhos
Eu, sigo o que vivo, só canto o que sinto
Dou voz ao coração meu conteudo é distinto
A música alimenta o espirito mas o estómago não
Sinto tudo o que faço alimento a população
A utopia de seres melhor pôs-te cego e fez feridas
Não 'tas a cima dos homens, não vês o ar que respiras
Eu, tenho metade dos anos que tens de rap
E ja fiz o dobro de tudo que ja fizeste
Ainda achas que isso é pouco (son)
Então vá-lá faz o mesmo que eu ja fiz son
Mas não esperes por respeito, aplausos, nem nenhum sinal
P'ra não teres que perguntar de que vos sirvo afinal

[Refrão: Dino]
De que vos sirvo afinal, só canto o que sinto
De que vos sirvo afinal, sou real e não minto
De que vos sirvo afinal, só canto o que sinto
De que vos sirvo afinal, yeah yeah yeah

[Verso 3: Bob Da Rage Sense]
Primeiro transformo a vida p'ra cantá-la em seguida
Da maneira mais prudente e significativa
Tudo gira em torno de um objectivo claro
Do tipo oferecer a todo desabrigado um amparo
A paciência começa com lágrimas e ao final sorrí
Quando és manipulado e preso em frente a tv
Quando o vírus sistema ataca o teu organismo
Vives em coma social, no epicentro do cismo
E os versos que escrevo são mecanismos de defesa
Contra a grande maquina que reproduz a pobreza
Mas será que algo te faz refletir quando me ouves?
O que é que resolves? mas será que te comoves?
Porque a intensão é mesmo essa
Estimular a tua mente p'ra que possas alguma coisa criar
Se o que vos ajuda a mudar vêm como algo banal
Só quero saber de que vos sirvo afinal
[Pré-Refrão: Dino]
Se eu canto, tú sentes, tú não mentes

[Refrão: Dino]
De que vos sirvo afinal, só canto o que sinto
De que vos sirvo afinal, sou real e não minto
De que vos sirvo afinal, só canto o que sinto
De que vos sirvo afinal, yeah yeah yeah