[Verso 1]
Enquanto o tempo faz o canto
Enquanto penso em mais um pranto
Tento captar o que sinto sem buscar num santo
E quando ta ficando tenso, perco , venço mas não canso
Um novo passo enquanto danço
Novidade, Liberdade
Da adolescência que foi tarde
Pro novo invadir
E a consequência da idade
Bate e arde
A mentalidade fraca persuade
Coisas novas aprendi
Amarguras que encontrei
Dessas lutas que enfrentei
Por pouco não desisti
Vivencias que adquiri , aprendi
Fui a fundo estudei mas pouco absorvi
Me distanciava cada dia das matrizes
E de Vez em quando alguns deslizes
Mas essas inconstâncias, constantes desde a infância
Sempre deram direção pra diretrizes
(DIÁLOGO)
[Verso 2]
Quando a conversa fica séria
A gente confessa que errou
Andando tropeça e coisas velhas
Na mente perdem seu valor
O sangue com pressa nas artérias
Nunca foi peça do que sou
Uma lasca da massa que o tempo modelou
O pente ta cheio com a mira ajustada
Não to a passeio a milhas na estrada
Um beat anseio pra vir a levada
Da rima bem elaborada
Dentro do meu universo , uni versos com indícios
Metamorfósicos, desprendidos de final e início
Pra esse circo tenho ingresso e me interesso pelo ciclo
De um metafórico sacrifício
Do que vale ser tão firme
Resolvi passar de fase
Desse passear sublime
Entre filmes e cartazes
Não sou monumento de pedra e sim origami com folhas do show
Por isso que mudo de flow sempre que vejo que mudo quem sou
Eu mudo o flow igual mudo de opinião
Entender que o mundo muda é uma lição
Da difícil missão, de sempre ser uma transformação
Eu mudo o flow igual mudo de direção