VULTO.
A tua mãe
[Letra de "A tua mãe"]

[Intro]
Já disse que me dói a cabeça?
Espero que a minha voz...
Já não durmo há umas horas valentes
Não vou ladrar (Não)
Ya é isso

[Verso 1]
'Tou sem o secundário... Efeito, eleito, perfeito
Vindo do pretérito
Um tiro no escuro
Acho que o VULTO. devia ganhar o prémio para mérito
Próprio de quem reanima beats com skill de paramédico
O mano deu a dica: "Puto sprinta"
Não pego beats [entre a merda?] armada em splinter
O que é que dizes?
Brinco com palavras em todas as direções e sentidos, jogo Tetris
Flow Matrix
Na lírica sem arritmia, sentes que sou speaker da Technics
Cotas ficam parvos, burros céticos
Manos ficam estáticos, beats téticos
Segues ficção estrábico e os dreads ficam histéricos
Não quero ser exagerado, não quero Grammy's
Com o meu talento exacerbado escrevo uma mix sem data
Créditos OK, só Gremlins vestidos à Papillon
Lançamento previsto da Torre dos Clérigos (Manda-te)
Matas-te a escrever, mato-me a fumar
Só pa' nem ter de te ver e nem bato na Fnac
E se eu disser que escrevo linhas no meio da estrada
E divido a faixa até fazia sentido serem minas
Na direção errada tipo:
Segue o meu caminho se quiseres ficar a milhas (Anda)
Tanta merda por dizer de outra maneira
E tinhas de focar as minhas agora para desfocar
Dito de outra maneira - tu cospes a defecar (Merda)
Não dá pa' competir, tenta com um tiro
Ou como te digo tenta com um tipo
À tua altura, 'tou preguiçoso de mais para me esticar à tua
Classe irracional que nem dá para domesticar
Por isso dou props a quem te atura
A cada dia dropo a batida c'a dica mais natura
[Bloca?] cardíaca de tanta queimadura
Observa a maçã de Adão a ficar negra e madura
'Tou farto de te ouvir, 'tás mais do que a mais na tuga
Safoda a escola se tu és nova eu não pertenço à cultura
Fui expulso dessa turma (Fui)
[Ponte]
Já viste um VULTO. a fazer beats (Já)
Juro que é só sombra, esse gajo não existe, só assombra

[Verso 2]
Interpelo, atropelo, qualquer ente perde caso
Passo à frente, de perto peco
Faltam-me parafusos pego
Martelo e meto um prego
Saco a agulha do vinil ponho entre a pele
E só depois é que interpreto
Não como um intérprete comum
[entre o pé, ante pé?] na MPC
Com dicas de parkour
A saltar de pad entre pad
Até fazer tremer estas paredes de pladur
E vai sabendo bem, bem sabendo lá no fundo do pensamento:
Quero que morras ao lado dum fungo
E só espero que lá dure enquanto eu ao lado fumo
Olá defunto, sente a mente fraca do génio
Que não curte fármacos e mete estupefacientes
Porque não tem outro remédio