[Letra de "Mar Morto"]

[Refrão]
Quando ela fala um gajo senta
Um gajo senta e não responde
Quando ela fala um gajo senta
Um gajo senta e não responde
Eu falo com as mágoas no meu copo
Tu abanas águas no meu corpo
Eu quero saber qual é o vento
Qual é o vento, qual é o sopro
Eu quero saber qual é o vento
Qual é o vento, qual é o sopro
Afogo as mágoas no meu copo
Tu abanas águas no meu corpo

[Verso]
Eu fui com um alguidar à fonte
Pensei que era água p'a beber
Trouxe uma calhandra com um monte
De merda prestes a verter
Na minha algibeira eu tenho um monte
De moedas, mas custa a viver
Eu fui ganhando um cheiro a podre
E vai demorar a desaparecer
Podem pôr as mãos no meu corpo
Mas não as metem na minha mente
Eu ainda passo pelos mesmos montes
Mas não me encostas à parede
[Refrão]
Ela fala a um gajo e um gajo senta
Um gajo senta e não responde
Ela fala a um gajo e um gajo senta
Um gajo senta e não responde
Afogo as mágoas no meu copo
Afogo as mágoas no meu copo
Afogo as mágoas no meu copo

[Outro]
Eu quero esticar os limites do corpo
Mergulhar nas águas do Mar Morto
Ando a esticar os limites do corpo
Mergulho nas águas do Mar Morto
Ando a esticar os limites do corpo
Mergulho nas águas do Mar Morto
Eu quero esticar os limites do corpo