[Verso 1: Ber MC]
Vaidades terrenas que levam a problemas
Minas serenas se perdendo na luxúria da mente pequena
Será que vale a pena sair com aquele cara que te dá dinheiro
Mas quando tu quer fuder
Ele cai chapado de cara no travesseiro, gostosa?
Será que vale o colar de pedra preciosa e sua lingerie
Escolhida de forma caprichosa para o dobabê?
Chegar do escritório, jantar e ver TV, ao invés de ver você
Te dizer, prefiro da vida, coisas que não serão esquecidas
Fodas enlouquecidas, noites felizes, mal dormidas
Rimas perfeitas em cima de batidas, mentes evoluídas
Que dizem mais que bem materiais, mentes originais
Pecados são carnais, desejos são mentais
Reais ou irreais, você que põe em prática
Saindo da habitual estática
Viaje na ciência rimática, aprenda com a vida
Pois ela é didática, sistemática, às vezes é sofrida
Não um simples cifrão, o que vale é o coração
O que difere o responsa daquele cuzão
Se liga no plantão, esquece a vaidade
Na tranquilidade, admire aquele fim de tarde
Perder faz parte, sim, sofrer é arte
Enfim, no videogame tu é o anjo ou o querubin
Ou o demônio queimador de neurônios
Dinheiro que corrompe no jogo de carmas babilônicos
[Refrão]
Valores não valem mais do que amores
Vida de espinho e flores
Seja feliz, independente dos valores
Não valem mais do que amores
Vida de espinho e flores
Seja feliz, independente dos valores
[Verso 2: Shadow]
Vejo valores em dores, ao vivo e à cores
Ar limpo em recinto onde há lixo em vapores
Você pensa que é só olhar?
Pra saber, tem que ver o que não dá pra enxergar
O que não dá pra alcançar sem pensar
Viver não é só gastar, é juntar tudo que vai colher
Não é a vida que vai passar, a gente que vai passar pela vida
Vou escrever na raça, a tinta não é diluída
Entorpece a mente o brilho da corrente
Luz ofusca lentamente, seduz o riso da serpente
Faz se iludir, contente, somente momentaneamente
Outra noite vai e o sol castiga a gente
O falso cai, dormente, não vai nem pra semente
É melhor você não deixar nada pendente
O que aqui se faz, paga
Não há como ser inadimplente
Outra dose pra acordar o sono freqüente
Outra dose pra ludibriar o presente
Você mente, convincente, pra tentar acreditar
Mas o que é valor na Terra, na Terra há de ficar
[Refrão]
[Sample]