[Refrão]
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega
[Verso 1]
A minha ambição desperta-me com um par de estalos
Eu começo mais cedo
Sou só um ser humano numa corrida de cavalos
Eu esfrego a vista a ver se enxergo mais
E vejo que chego mais à frente sem meter o preto no branco
Eu tenho muitas mais cores em busca de dias melhores
Sem pedinchar favores, pretensioso no que toca a rumores
Seletivo em amores e avareza estampada no rosto
Com todos os vossos podres
Porque a vida me ensinou a ser assim
A mal ou bem sou eu que vai decidir qual é o meu fim
Seja com os pés no chão ou perdições de cetim
Consciente do meu latim, não muda o mundo
Mas poderá dar início a um motim
[Refrão]
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto, mas tanto não chega, tanto não chega