Praso
Confiança Cega
[Letra de "Confiança Cega"]

[Verso]
Gota a gota, o suor escorre-me no pescoço
Coleção de curgetes, eu já tenho poço
Dupla personalidade no corpo em esboço
Nas noites escuras e frias
Eu faço o que não posso
Depressão crónica
Para escrever há mais de um ano
Mas Praso é o meu alter ego
E eu não reclamo
E solidário comigo
Eu e o meu ego prossigo
Com [?] as palavras que digo
Individualista, narcisista
Não me ponhas nessa lista
Percebe quem funciona sempre em horas extras
À parte dessa que chamas cultura que não dura
Estatuetas de barro não chegam a esculturas
Mas subitamente todo o mundo surge, escuta
Confessionários de um maestro sem batuta
O horizonte fica na próxima curva
A contagem decrescente para que nada surja
Se vivi muito, eu digo que eu vivi pouco
Resposta hipócrita porque o tempo é intruja
Insónia permanente como o sono de uma coruja
Uma raiva indecente como a alma que me puxa
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Consciente de mim numa confiança cega
Eu já fiz tanto mas tanto não chega
Chega chega chega
Ao abrigo das sombras onde a luz não me pega
Pega pega