[Verso 1: A.X.L.]
Sou só mais um que vive em Deus me sentindo só fé
Vou morrer e sonhar, pela manhã estou de pé
Novo dia, novo sol no sonho de viver
Deixa a neblina passar, me reaquecer
Até minhas folhas caírem
Meus olhos abrirem
Deixar de lado as secas pras coisas seguirem
Os tempos que virão. Momentos difíceis
Os que antes ouviram, peço que ensinem
Filhos estenderem a mão à mãe de novo
Entender é a libertação do novo povo
Até entenderem por todo o globo
E se necessário, ouvirão de novo
Não haverá governos. Não haverá dinheiros
Nem homens de terno, pisando em cimentos
Cuspindo em si mesmo
Controlando o tempo no pulso e no bolso
E tudo que eu ouço são palavras ao vento
Sem discernimento, sem noção
Palavra de lamentação exposta ao vento
Venta tufão no peito
Desse jeito, mente inquietação
Mais um soldado do silêncio marcha rumo a Pátria: Novo templo
Não tem nação. Brasil - O coração
A santa que apareceu no rio, o índio que me ouviu
E eu o vi, bem por isso estou aqui
Plantando o bem. Plante o bem também para o bem de todos
Não fique calado. Que batam cajados
Deus está do lado e dentro a todo o momento
Então, pise no barro e vão...
Quebrem seus jarros. Do ego desate
Destrave o nó cego
Novelo do eterno brilho, me mantenha no trilho
Me guie enquanto indo. Somente por isso respiro
Ao que me refiro: escrever pra deixar aos novos filhos
Novas palavras em ti atiro
Pelos que cansaram de tiros
[Verso 2: Leo]
Sei que Deus é minha mãe na terra
A guerra vem me convidar
Por ocultas glórias, memórias pra brindar
Lembra uma vida linda, a nós, entenda
Um povo unido sempre é bem-vinda a voz, se renda
Um arcanjo pairou sobre o céu, tarde
Termômetro humano aquece, enquanto o inferno arde
Exorcismo pros covarde é alarde, tumulto
A babilônia cai, a luz se esvai, só da pra ver os vultos
Contra o plano do oculto, é meu culto
De onde as bactérias vem, miséria é insulto
Crianças felizes, os velhos esquecem
Olhei pras raízes, vi o quanto apodrecem
Então bota pra arrastar, cavalo gasto é um dois
Sangue azul pra alastrar, diz amém, sem depois
Lembro reis que conheci, se perder pro sacrilégio
Quando esbarra no contato, assassinato no colégio
Até o renascimento é uma cota de a pé
Se os verme tá na bota, minha escolta é a fé
Sou ferida exposta ao vento, que lateja
Peleja clama. Chama um coração que a ti deseja e não se engana
Lembro, eram seis réus dos céus, eram negros
Só observando e vendo o ego dos gregos
E como se o sol tivesse um lado negro
A negação de Pedro
Vejo pedras se arderem por regras
Mundo novo, céu antigo, às cegas
Se não me engano, escravizaram a realeza
O ultraje pra encharcar, classificar sua nobreza
Asas vem pra quem no bem vira preza
Olhar pro lado do refém e sua única certeza
Nova Jerusalém no arrebate
Pode erguer os muro, é seguro no empate
Quando o inferno se levanta, não adianta questionar
Luz divina pro que penso
O senso virá...