[Verso 1: Leo]
A luz da cabeça a prêmio
Novo milênio
Vilão é gênio
Exprimo na lida
Equação:
Alice Eugênia (minha vó, uma mulher de fé) e eu gênio:
Os dias abreviam juízos
A mesma fé que moveu montanhas há de guia-lo em passos precisos
A dedução virá presságio, é ágil
Vou do custo do oléo alabastro ao gasto com as leis
Que são mastro sem bandeira fincado em rastro frágil
Rumo ao sentido do espaço da paz
A substância do amor trouxe a concordância
Era um elo perdido que jaz, mas a Era de Cristo se fez ordenância
Um Povo desperto no mundo é sombra no deserto
Vislumbro caber
Eleito como em tempos de paz
Como nossos Ancestrais
Honrar tudo aquilo que nos foi feito
Levar às elevadas câmaras do raciocínio onde se tem domínio
Opiniões do senso. Câmeras a filmar seu declínio
Tirar seu fascínio, mas tudo é Divino
Sua coluna serve
Em tudo que cultuas, as escolhas são suas
Serve, o que te liga à verve
E ao que compactua
E pela liberdade destina o destino
Sou o sino pra missa do hino
[Verso 2: A.X.L.]
No fogo da voz, tamanha chama
Onde guarda quem se ama
Por considerar que Deus já me ouviu chorar
Passar o que ouvi dos Avós a vós
Ouvidos a nós, entenda os lados - Caminho do Meio
Passado é bloqueio. Futuro alheio
Preocupação contraria oração. Anula o recado
Renúncia. Viva a função ao que veio
Mundo espelho embaçado sem freio
Denúncia: Campo minado. Vá pelo caminho estreito
Pinte paredes. Barreiras do peito
O tempo anuncia: Nova Sede ergue
Vidas passadas no ventre, entre
Asas abertas ao vento lento
Além do que o muro sugere
Ave ao momento. Salve dentro e segue
Me rendo, sem ser culpado e cego
Me vendo, entendo o riacho
Me banho. Nascendo acho
Entre enguias, anjos guiam, ir com fé e tudo desvia
No rasgo da pele eu sentia
Que o 'Eu' em forma não existia
Fora do Agora nada se via, se esvai...
Eu sou e vou por onde o fluído da vida vai
Cantando por liberdade!