Diomedes Chinaski
Iluminuras
[Verso 1]
Nós somos escravos dos próprios desejos
Moedas de ouro, moedas de ouro
A traição vem em seguida após o beijo
Tanto mau agouro, tanto mau agouro
Haters esforçados mas nunca o bastante
Não são importantes, não são importantes
Música da lama do fundo do mangue
Nossos diamantes, nossos diamantes
Em cada esquina encontro um irmão comerciante
Atrás de jóias caras, raras e brilhantes
Atrás de uma muchacha de olhos penetrantes
Que ame como esposa e foda como amantes
Eis o homem, eis o homem
Falsos e reais nessa drug zone
A noite tem de tudo menos lobisomen
Inimigos que aparecem, amigos que somem
[Ponte]
Tá na hora de encarar a vida
Tá na hora de encarar a vida
Tá na hora de encarar a vida
Antes que essa estrada fique sem saída
[Verso 2]
Vejo a face do meu pai quando miro o espelho
Apaguei suas atitudes, guardei seus conselhos
Só que assim como o senhor, pai, eu também me perco
As vezes meus demônios me fazem um cerco
Você nunca escondeu a rua do seu filho
Porque a mentira não coloca ninguém no trilho
Nasceram flores negras no meu campo lírico
E sangue nessas ruas como em contos biblícos
Caminham pela sombra a fugir dos homens
Porque nunca se sabe se está entre os nomes
Pinto iluminuras de um cotidiano podre
Onde a língua mata mais do que as balas do coldre