Diomedes Chinaski
Placa Berrada
[Letra de "Placa Berrada" com Haikaiss & Diomedes Chinaski]

[Intro]
Vou morrer maloqueiro, fazer questão de ser gangueiro, tio, aqui é poucas, xará!
Não tem essa ideia não, esses moleque não têm nem ideia pra trocar, tio
Na hora que o bicho aperta aí não tem nem ideia pra trocar, não sabe nem o que é a rua, chapa
Fica pagando aí de... De, de internet aí, fica tirando foto aí com roupinha bonitinha aí, essas menina aí falando um monte de bosta e todo mundo falando "bonita" e todo mundo querendo... Vai tomar todo mundo no cu, rapaz! Tendeu? Rap é maloqueiragem, tiozão, rap é rua, tiozão! Tendeu, é asfalto, é gato andando na rua, é cachorro latindo, é carro soltando fumaça, o bagulho é louco, tio! Não tem essa não, xará! Tendeu?
O bagulho tá muito oba oba pro meu gosto, tudo pau no cu, é tudo arrombado, tendeu? É rap de Bolsonaro, só tem comédia no bagulho, só comédia, tendeu? Vou pegar minha Uzi e vou metralhar todo mundo qualquer hora na porta de uma balada, cê vai ver

[Pré-Refrão: Pedro Qualy]
Abuso, tudo que eu uso eu assumo
Com o sinal certo somos alguém
Com o tempo certo tu se mantém
Abuso, tudo que eu uso eu assumo
Com o sinal certo somos alguém
Com o tempo certo tu se mantém

[Refrão: Pedro Qualy & Spinardi]
Cartas na mesa, esconde os farelo do bolo (Placa berrada)
Cartas na mesa, esconde a sujeira do jogo (Placa berrada)
Cartas na mesa, esconde os farelo do bolo (Placa berrada, é Haikaiss, mano)
Cartas na mesa, esconde a sujeira do jogo (Placa berrada)
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada
[Verso 1: SPVIC & Spinardi]
Para, tô de cara, mano, a cara desses cara fala: Puta que pariu
Não mudaria o hino, nunca vi, também não gostaria
De judaria, não ajudaria, não me viu no meio, tu que também gostaria
Mano, eu vim, eu quis ser sim, eu fiz
Pô, não condiz com quem mereceria diss, enfim
Um trono ao triz, ator, atriz
Com quem confiscaria o ouro dos gentis
Sensacionalismo vindo de fora
Não me penaliza, eu sempre abuso do agora
Quando idealizo uma parada, camarada
No mínimo essa também vai ficar pra nossa história
Tô preocupado desocupando a memória
Sou desculpado quando alguém que ri chora
Reforma na esbórnia, bom marketing: Dória
Roubar no centavo, roubar no detalhe, meu caso é em dólar (E olha quem vem)

[Refrão: Pedro Qualy & Spinardi]
Cartas na mesa, esconde os farelo do bolo (Placa berrada)
Cartas na mesa, esconde a sujeira do jogo (Placa berrada)
Cartas na mesa, esconde os farelo do bolo (Placa berrada, é Haikaiss, mano)
Cartas na mesa, esconde a sujeira do jogo (Placa berrada)
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
[Verso 2: Diomedes Chinaski]
Éramos estrelas do anonimato
Nós no porão correndo igual ratos
O inimaginável aconteceu
Camundongos devorando gatos
I love you, buceta, nem fala de treta
Que assunto chato, o pai tá chato
Creio que hinos não sejam mutáveis
Argumentos não superam fatos
Ei, Spinardi, te levo no Souto
Pra nós tocar fogo nessa ganja mágica
Quando falava Nordeste no jogo
Acredite, comparsa, não foi uma metáfora
Depois que baforar
Respiro o arte igual Basquiat
Já que os irmão não entenderam a visão
Eu vou ter que fazer uma diáspora
Yeah, sempre fui rico, o que me faltava eram notas
Não entendia por que nunca abriram as portas
E se não tem vaga mesmo tirando boa nota
Mudei o curso do rio; baby, eu criei um sistema de cota
Havia saída emperrada e não me conformo com a vida ferrada
Vou ficar esperto, vai dar tudo certo e, se Deus quiser, não dá placa berrada
Yeah, hoje a tweet não será censurada
Eu tô com fome, com sede, com ódio
E toda a miséria será superada, yeah
[Interlúdio: Spinardi]
É, André Nine, foi como eu disse em cartas
A depressão são palavras em modo mono, né, André Nine?
Mas a gente segue em frente

[Verso 3: Spinardi]
Fala tu, cuzão
Toda inspiração do coração que para cada verso
Que separa tudo aquilo que fizemo aqui
Então não compara quem vive preso na jaula
Na pala, na febre, nem se fala, cara, meu verso tapa na cara
Zé povin', chuva de bala, teu pano não passa
Na raça que passa esse pano que rasga
Vergonha na cara não tenho, o que eu tenho é tudo que te abala
Então vamo no parapara, que os bico só fala, fala, abominei
Mas não terminei com a porcaria da track
Lobo no set, tá com o Ted, me olha, faz um boquete
Que Spinardi tá com sede, no ranking vejo o Damassa
Na sede da companhia dos melhores do Brasil
Mais da metade de quem gora, que espera que vamo embora
Me espera sentado, me espera deitado, me espera cagado
Mano, tá dado o recado, vendeu o aliado
Que é o momento de chegar mais um prato que se partiu
Cês fala que o rap é um jogo, eu sei, eu falo que o rap é vida
Se o rap é um jogo, pega a visão, é Counter Strike da antiga
Eu tô brincando com a sua ferida, esse comparativo me anima
É o CT guardinha do rap contra os terrorista da rima (Terrorists win)

[Refrão: Spinardi]
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada, placa berrada, placa berrada
Placa berrada, placa berrada

[Saída]
O boom bap vai voltar
O boom bap vai voltar
O boom bap vai voltar