[Verso 1]
Já não suporta a palavra , se a voz está calada
Então diga-me de que vale o nome no nada
No meio da treva tá sendo enterrada
Ta dentro da terra na caixa sagrada
Sou o único vivo em raio de km
Passo entre os mortos e não entrego os pontos !
Arrasta-me pra bem longe escombro
E ainda e boa no ouvido estrondo
Boom, onde vou ficar? se o sertão hoje é mar
E o sol é escuridão não vem pra me iluminar
E ela que me leva mais antes me testar
Fazendo eu me vira, o quanto que vó aguenta
Só eu ué , e meu pensamento ta dividindo o tempo
No mesmo momento
Já to ficando loco maluco sem tabaco
Neorótico é pouco, e o corpo muito fraco
Mais no bolso a chupa beia e uma caneta
Vou deixar o um legado , escrevo sobre mim
Deixo todo mundo de lado , escrevo sobre mim
Ou sobre as guerras desse mundo dessolado
Sobre corrupção e poluição, sobre devastação
Sobre cama de papelão violência cidadão
Com sem arma na mão
Mais todos já sabe escreveria em vão
[Refrão x2]
Agora já é tarde falto força de vontade
Vejo o mundo destruído, perdido, sozinho
Retrato a calamidade
[Verso 2]
Vamos a carta e recordo datas
Deixo uma mensagem aqui
Pros primatas
Não , não crio uma nação de psicopatas
E nunca se iluda por pratas
Pois o resultado é irreversível
Já mais previsível como agora no nível
Arriscado visível é sempre viável
E o ato não calculado é admissível
Quem nos deu a força , hoje nós vê fraco
Quem deu a luz , hoje vê tudo apagado
Por nós humanos nóis com tantos planos
Nóis em apuros e o futuro que plantamos
Vocês vão aprender o ódio o amor
Papeis com valor que trás egoismo e dor
E pra muitos trás a felicidade sem cor
E a necessidade de sempre mais pra se impor
Depois se eu for e virarem rivais
Depois terminarem no caixão todos iguais
Por isso no fim eu escrevo paz
E construa seu novo mundo
Só que agora com tijolos reais
[Refrão x2]
Agora já é tarde falto força de vontade
Vejo o mundo destruído, perdido, sozinho
Retrato a calamidade