[Verso 1: Felipe Naza]
E é por essas e outras, mais um cigarro
Passa do tempo, correr das horas, nem reconheço meu rosto
Em meio a multidão eu sou mais um
Caboquin' comum
Na vida, amarga vida
Dura chegada, triste a partida
Fio da navalha, não cicatriza
Por que não me leva? Agoniza
Distante do sonho, preso no chão frio, eu sei que eu prometia mais
Projetos e planos, demônios e manos, mil tretas, meu eu aqui jaz
Retorno de glória, quem sabe na hora eu encontre quem eu tanto amei
Eu não tava pronto pra vida que eu levei
Mas o tempo é rei, afina a viola, vambora
O que se pode fazer, se o sorriso farto de outrora
Abriu passagem pro choro de agora
Dentro do peito ainda vigora
Coração guerreiro, que achou que era livre
Meu pobre rapaz... (Nunca mais)
[Refrão]
A cada passo que dou
Traço triste sem chão
Flores mortas acompanham os bons
Eu não, eu não
Me encaixo, me acho
E no lugar onde estou, um gesto de proteção
Pedi, segundo as obras, um só trago de perdão
Em outro plano de visão
[Verso 2: Well]
Juntei meus sonhos e um papel, fui fiel, confiei
Remei contra a maré, tive fé, fraquejei
Redimi, eu lutei
Consegui, superei
Meu versos eu em um Coliseu, que eu mesmo criei
Meus passos são vetores de problemas que encontro
Em montantes de dilemas que vem a cada confronto
A frente fui, sem olhar pra trás
Silenciando cada um que afirmou que eu não era capaz
E fiz o que me dispus, e o caminho sem luz
E a percepção me fez mais amplo
Me guiei pelo que compus e assim expus
Pra ver que sucesso não é questão de tempo e sim questão de trampo
Bota a cara pra bater, sem temer
Várias mentes são deserto e eu vim pra fazer chover
Preparado antes que os gigantes me afrontem
Foco no degrau, a missão é ser maior do que eu fui ontem
[Refrão]
A cada passo que dou
Traço triste sem chão
Flores mortas acompanham os bons
Eu não, eu não
Me encaixo, me acho
E no lugar onde estou, um gesto de proteção
Pedi, segundo as obras, um só trago de perdão
Em outro plano de visão
[Verso 3: Théo]
Original Leste, vim
[?]
Pro equilíbrio, é meu Yang-Yin
E pra família não ser mais desfalque
Só salve, só vou se for salvo
Salvei uns irmãos que eram alvos
Bravo, mas não era teatro, pesados aplausos, causou
Mais que o choro em canções que compus no inferno
Foda-se o mundo moderno
Se meu coração é inverno
[?] só os verme, um verso pro mano Guilherme
Atenção ao irmão que te serve
O olhar que te pede, externa
Com os [?]
Do Braz pro Hemisfério
Da porra do sétimo andar para o térreo
É sério que eu fiz, pra ser como fui feito, assim
Vaso ruim ao [?], que cai mas não quebra, e não cai feito feitor
Quem nunca teve escolha, só folhas em brancos e sonhos sombrios
Caique dá um ganho na porra do grave, que é o rap mais chave que esses pau no cu já ouviu