[Verso 1: Gabriel 22]
Meu pai, eu te confesso, eu to sem alma
Situação adversa, princípio errado
Vagabundo que vacila vai pro ralo, carrego meu fardo
Muro tá alto mas tá escalado
Rodo minhas fita, faço minha vida, viro o diabo
As vezes o bem pode custar muito caro
Meu santo é forte, caio, tombo, mas não quebra o vazo
No principio meus males aprisionados
Masmorra são edifício da selva condenados
Atras das grades livremente, se é que me entende
Livrai do pecado e livrai da sujeira da conta corrente
Tentação que te controla é a merma que mata a gente, zé
Filha da puta de farda fazendo o que quer
Te queima, te passa a borracha não conta, com a fé, não conta com a vida
Ela e uma vadia cínica
Te suga, te enterra, te esquece, exato como a luz do dia
Faço de conta que o tempo não passa pra me confortar
Tô esperando desde sempre a tal chance pra agarrar
Minha física quântica sem resposta, só pergunta
Brinco de flow e minha proposta se aprofunda
Jogo imundo, não tem dia da caça
Meu pai no mundo das drogas e desde pequeno já era homem da casa
Sem manual de instrução, deus me instrua
Foda era ver minha coroa chorar toda madruga
Mas tamo subindo, né não?
Mas tamo de pé, né não?
Tô trabalhando e nego inveja
É foda quem não tem ambição
[Refrão 2x: PL]
É pelo amor e pela ambição
É pelo amor e pela ambição
Porque o bem aqui pode custar caro
Falsidade apertando sua mão
[Verso 2: PL]
Faz maior tempão, mas não sai da minha cabeça nunca aquela cena
Ficar mal era normal, ficar bem era o problema
Convulsivo, imunidade baixa
Pai hoje tô bem, mãe tá tranquilo, então relaxa
E se eu tô vivo hoje é por vocês
E contra o tempo eu sempre corro
Sei que é clichê, mas por vocês eu mato e morro
Entre CTI, ambulâncias e pronto socorro
Fica tranquilo, então, pobre eu não morro
[Refrão 2x: PL]
É pelo amor e pela ambição
É pelo amor e pela ambição
Porque o bem aqui pode custar caro
Falsidade apertando sua mão
[Verso 3: Miranda]
Dizem que pra subir tem que sujar a mão
Mas escrevo de alma e coração
Aqui é muita pratica, não nasci com dom
Eu botei minha vida pra não ser em vão
Meu pai se separou da minha mãe só ficou meu avô de pai
Na minha infância, eu lembro (eu lembro)
Quando meu vô morreu, Matheus, único homem da casa
Na vida botei a cara sem saber de nada
Mas aprendi com a vida vendo minha coroa depressiva
Prometi que ia dar alegria e orgulho
Nem acabei o estudo no estúdio onde eu trampo com a minha ambição
Eu vou te dar o mundo
Digo: "mãe quero ser rico"
Ela diz: "Filho
Seja rico de saúde, de amor e atitude"
E como de costume eu vou me equilibrar
Pra não cair, mãe, vou te orgulhar
[Refrão 2x: PL]
É pelo amor e pela ambição
É pelo amor e pela ambição
Porque o bem aqui pode custar caro
Falsidade apertando sua mão
[Outro: PL]
E umas sete e meia o telefone tocou
Meu tio que ligou, minha mãe que atendeu
Ela, desesperada, eu deitado, entendendo nada
Com uma noticia ruim dizendo que o Maycon morreu