[Verso 1]
Vou que vou
Vou que vou na trilha
Vou que vou na trilha
Os guerreiro da quadrilha no lado que o sol nasce
Vou que vou na trilha
Dol lado leste
Bem vindos ao Brasil criminal
Ó pátria não gentil marginal
Quebro a regra e faço jogo
Ação, perigo, a profissão do meu povo
Chuva e fogo na terra
Eu podre da guerra
Sou Matheus carente, gente carente, até hoje sem
Deus tá presente
Parece que só há eu e Deus no momento
Vou ficar bem atento
Preto, instinto gueto, declarado suspeito
O guerrilheiro do morro não é como o zorro

[Verso 2]
Ó meu Deus
Se não é o Senhor o que seria de nós?
Se não é o Senhor o que seria da minha voz?
Se não é o Senhor o que seria do olhar atraente?
Se não é o Senhor, claro, não existiria a gente
Se não é o digno de honra e de toda glória
Se não é o justo pra lutar pelas nossas vitórias
O que seria do inicio, meio, fim
Não teria sentido a palavra vim de a mim
Não seria justo a justiça eterna
Não seria natural a natureza interna
Sem minhas pernas fica difícil caminhar
Sem minha mente é impossível eu pensar
É vida loka, eu sou louco, eu sou do leste
Entre o céu e o inferno, presencio a peste
Quadrilha de sistema vem como trem bala
De Falcon ou TT, com a ninja na cara
Preparado com uma 9, presente tipo os covardes
São 22 anos convivendo com a maldade
Posição é dinheiro, lealdade é pros parceiro
Compromisso é pra família, saúde, é os guerreiro
Ele diz: "Eu sou o crime original do Brasil"
Conheço Paraná, Minas Gerais e o Rio
Matei 1 pra ser herói, matei 2 virei detento
Executei um filho de um boy, o neto do sargento
Matei um moleque de 15 na escola
Por causa de um teste, tinha uma bola
Ah, claro, essa é a versão do meu depoimento
O caso é revelador, tenho um mal pressentimento
Mentiras, fissuras, ambições tão envolvidos
Era rei na minha quebrada até trombar meus inimigo