[Verso 1]
Ação, cena do loco, vida real na favela
Beco escuro inimigo noturno preparado pronto pra guerra
Tão espalhado, gambé pra todo lado
Vieram bem armado pronto pra atrasar o lado
Escuto um único grito de uma senhora
A mãe que vê a cena e logo ao lado ela chora
Indignada, no ódio fecha a porta
Ver mais uma ação da polícia que por aqui gera revolta
Mais um irmão por aqui foi derrubado
E outro logo a frente no bar do outro lado
Não quero, não quero, não quero participar desse jogo
Minha mãe ir me vê, e chegue lá e eu esteja morto
Eu não quero, não quero, não quero isso pra você e nem pra mim
Preservo a minha vida não corro atrás do fim
Perigo imediato, o amigo está gelado
Quem não tem essa experiência, ignorância é claro
Não é tratado bem, muitos foram pro além
O padre disse amém, peço reforço também
Acorda doidão, não dorme no perigo
Pois eu torço pro bem enquanto a paz não vem comigo

[Verso 2]
O povo da periferia não aguenta mais, irmão
Vê a polícia matando, deixando sangue no chão
Fica ligeiro, atento com qualquer tipo de ação
Se trombar com a polícia é trombar com o cão
Por que a maldade prevalece se é o crime ou não
Ladrãos fardados e o passaporte que o governo dá
Se sente no direito de atira, matar, chegar
Te zoar em plena luz do dia
Se fosse à noite imagine o que eles faria (Imagine, imagine)
Com certeza a sua vida eles levaria, levaria