Fabio Brazza
Auschwitz
[Verso 1]
Imagina só, a vida aos seus limites
Como lá em Auschwitz
No campo de concentração
Morrendo de inanição, vivendo cada dia
Buscando um sentido aonde não havia
Na utopia da superioridade de uma raça
Da fumaça que denuncia o assassinato em massa
Da desgraça retratada na escassa liberdade
Da mordaça, da carcaça, do tamanho da maldade
Imagina só, que mesmo ali ainda havia uma escolha a se fazer
Como você quer viver ou morrer
Herói ou tirano?
Eis a questão, irmão: Ser ou não ser humano
Será que nós somos malignos Goebles?
Ou será que somos dignos de um prêmio Nobel?
Ou que lá no nosso âmago somos todos iguais?
Apartheid, Guantánamo, Holocausto, Alcatraz, ou mais?
Entre a cura e a doença, entre a guerra e a paz
Entre a ca-ma-ra-dagem e a câmara de gás
Ser humano capaz de ser o bem... e o mal
Mas ao final de tudo, é uma escolha pessoal
Mas ao final de tudo, é uma escolha pessoal

[Verso 2]
Lembre-se: sempre há uma escolha a se fazer
E a questão não é quem você é, mas quem você quer ser
Pois não importa o que fizeram com você
Mas sim o que você vai fazer com o que fizeram de você
Deu pra entender?
Ou eu luto, ou eu fico de luto
Ou eu mudo, ou eu fico mudo
Ame ou odeie, perdoe ou se vingue
Mate, lute, xingue, ou Martin Luther King
Amoroso, ou amoral
Generoso ou general
É a nossa responsabilidade
Afinal, há sempre a possibilidade do bem... e do mal
Mas ao final de tudo, é uma escolha pessoal
Mas ao final de tudo, é uma escolha pessoal