Thiago Elniño
Carnaval no Centro
[Refrão]
A lua, num lençol negro de estrelas
Sobre as nossas cabeças se deita esperando o Sol
Que vem, para lembrar do amanhã bem de manhã
Que vem, para te amar no amanhã bem de manhã
[Verso 1]
Caco de vidro foi navalha na garganta do menor
Na minha garganta deu nó quando o meu grito morreu
Multidão correu, puts, que que aconteceu
Treta de menor de rua, o mais novinho quem resolveu
E o bloco não paro, quem quer ser feliz tem pressa
Tristeza não é conversa em festa de sofredor
Desvia o olhar, demoro, playboy e trabalhador
Dividindo o mesmo espaço, pera lá, não senhor
Me diz aonde tão, cade os pretinho daqui
Meus irmãozinho tão ali ó, perto do isopor
O neguinho, faz favor, uma agua e uma cerveja
Pro cês te o que deseja para nos sobra o labor
De esculpir lágrima exótica, a dor que tem meu samba
Chapeuzinho Panamá, na selfie pago de bamba
Vai ficar de perna bamba, quando acaba a paciência
E os menorzinhos da serra se cansa de obediência