Menestrel
ERAmus
[Verso 1]
Fui preso no míssil sem resquício
A bomba relógio que envolve meu corpo me tornou um Dionísio
Ou será que sou narciso pra explicar meus vícios
Se não mata fortalece, mas vai embora sem indícios
E deixa saudade, salga minha ceia
Sangra a pele, segue a sina
Pede que eu durma de luz acesa
E não assusta, não senta na cama
No meio da madruga se não é pra me embriagar de esperança
Me perguntaram se eu sou ateu
Prometo que até hoje eu ainda não coletei resposta
Eu amei uma cobra, conheci o lado Perseu
Eu não acredito no que eu leio se não amo o autor da obra
Choca, mas a gente segue vivendo
Não aparece pra mim porque se tu vem eu atendo
Atenta com manias, a majestade aplaude
O show do bobo depressivo, no palácio a corte é fraude

[Refrão x2]
Um fato é o fim
Moramos no Éden um jardim de flores mortas
Desfaz de mim
O ego fortalece a nossa alma
Nutre e fortifica essa discórdia