Ermo
Fa zer vu du
[Verso 1]
Conto em mim tão pouco tempo
Calculando nem aprendi a contar
(Tão pouco tempo e tanto riso acompanhado de uma dúvida)
Emergi tão indiferente
Conspirando só para contrariar
(Tão indiferente que o que sinto transparece de vulgar)

Mesmo assim, um dia és tu
Quem cai em si, fazer vu du
Quando se faz do fel maré
O rio mexe, à margem

[Verso 2]
Chega, enfim, o bom tempo
Tantos Maios ainda por apreciar
(Todo o bom tempo é tido em alegria por usar)
Emergiu tão diferente
Dos dias de Inverno atirados ao ar
(Diferença fresca ainda da mudança por fechar)

Mesmo assim, um dia és tu
Quem cai em si, fazer vu du
Quando se faz do fel maré
O rio mexe, à margem

Mesmo assim, um dia és tu
Quem cai em si, fa zer vu du
E se fazes do fel maré
O rio foi, a margem é


Voltei cedo, madrugada
Já fiz tudo, não vi nada
No silêncio da vaidade
Deixo-me pela metade

Venha o som de outra chegada
Nasce o dia e à noite acaba
Outra noite, uma assentada
Chega a luz, não vejo nada