Elo da Corrente
Naja
[Verso 1: Pitzan]
No balanço do Sorongo, a naja vai dançar
Vim da terra do fogo, se encostar vai se queimar
Há anos-luz do jogo, é melhor acordar
Porque o tempo passa e nem fumaça vai sobrar
Eu ouço a voz da consciência
Pra desatar os nós, essa é a ciência
Eu ouço a voz da consciência
A busca é uma só, minha verdadeira essência
Pensamentos vêm, pensamentos vão
Há um mundo além da palma da minha mão
Ando entre o bem e o mal, irmão
Todo dia é assim, na mesma medida, razão e emoção
Quem não reflete, repete, diz o ditado
Quando os anseios fogem, repenso meu movimento
Não deixo que se alojem os espinhos afiados
Das flores de aço do jardim de cimento
Enxergar além do que me interessa
Pra só, enfim, tornar a caminhar
Mestre cantou, devagar também é pressa
Mas, só pra quem sabe onde quer chegar

[Refrão] (2x)
Circular como o vento levando areia
A lucidez move o chão que nos norteia
Cura para o mal opressor que vive perto
Vida num oásis pra quem vem do deserto

[Verso 2: Caio]
Leve ou pesada consciência
A mordida no fruto da divergência se deu
Mão que rege nossa cadência
Na desobediência esse grito venceu
Lá vão milhares de caras pela tomada do prumo
Porém nem todos os rumos resolvem os seus problemas
Meia volta pro sistema mais fácil
Sombras são duvidas nem tudo é volátil
Nuvem que não vai pro outro canto, equivocados um tanto
Com burros n'água colecionam dilemas
Levando a vida de um jeito mais fácil
Na construção do seu império volátil
Imutável desde o zero-zero, fim do lero-lero intermitente
Hipnótico dançar da serpente
Atento aos movimentos pra entender o que acontece
Longe desse caos visual que te enlouquece
A reza que ninguém enxerga toda manhã
A regra da miragem não morder a maçã
Atesta que o momento é muito mais que a vã
Filosofia de tentar mudar o mundo amanhã (hã)

[Refrão] (3x)
Circular como o vento levando areia
A lucidez move o chão que nos norteia
Cura para o mal opressor que vive perto
Vida num oásis pra quem vem do deserto