Rodrigo Ogi
Caso do Bacalau
(E agora para a notícias de última hora nosso repórter Rodrigo Hayaishi. Vai Rodrigo)

[Introdução: Ogi]
Foi encontrado na região do Parque da Água Branca o corpo de um indivíduo chamado Márcio Hirota, mais conhecido como Zé Catatau no meio da malandragem. Dizem as más línguas que ele trapaceou seus parceiros de curriola e, por isso, entortaram sua gaiola

[Ponte: Kiko Dinucci]
Desenxabido, feito um coió
Esqueceu da partilha e vacilou
A curriola já se mordeu
Não lembrou da barganha e se queimou

[Verso: Ogi]
Chega no boteco do Afonso de perreco, nos marreco
Com a cara de boi sonso no xaveco
Ele chega e loco pede no balcão uma vodca
Mata num gole e a cabeça sacode a
Era um sujeito conhecido local
Lembro que seu apelido era Zé Catatau
Um malandro descendente de família nipônica
Que andava manco numa perna mecânica
Encostou na maciota
E jogou a isca para um idiota
Que caiu de pressa na sua lorota, ali
É só mais um marmota, fi
Foi cozinhando o ganso e foi de um jeito manso
Um trouxa foi no balanço achando que estava bem
Mais uma na caçapa e o trouxa sorri pro japa
Mal sabe esse babaca que vai perder mais de cem
E a curriola abriu a arapuca
Êêê... Dinheiro vai na mesa de sinuca
Vem ver otário por a mão numa cumbuca
Pra quê? Sem saber
Mas agora é a hora de mudança no jogo
Criança é fogo, vai se lambuzar
Deixa na banca rota o jão
Arranca a bota do cão
Matava só com uma mão
Encaçapava o freguês
E bagunça talvez
Incendiava de vez
E o Catatau japonês
Fez a bolada do mês
Levou inteiro o salário de Tião Bocoió
Que era um ferroviário vacilão de dar dó
A curriola tá na fome e o estômago é nó
Zé Catatau sumiu no pó
Ignorou a lei
O código quebrou
É zóião de Thundercat, ho!
Os oião, Rei Momo engordurou
Pela cidade eles vão lhe caçar, já, já
Já prometeram ama-maciar, ha ha
Com uma navalha farão um colar, ha ha
Vai sangrar
Vai sangrar