Gigante No Mic
Exercendo a Função
[Verso 1: Gigante No Mic]
Sou consequência do Consequência
Consequentemente vou dando sequência
Ao plano sem corte, na mente os insert
Fotografia na grafia com essência
Várias punch, vários gancho
Tomei um lanche aqui no Rancho
Mais louco do que Dom Quixote
Com a pança do Sancho
Segui o Norte, minha Vitória tava no Parque
Tomei um suco que me deu um soco
No roubo da cena to pronto pro saque (Yeah)
É o baque do beck, sem shark depois cheque
Que a beleza da vida tá no fato de ela ser breve
O tempo nã se abrevia como se previa
Foi só questão de referência frente ao ângulo que via
Sonâmbulos em plena luz do dia
Foram vândalos em plena luz da noite enquanto você dormia
Hoje eu vi, uma tia chorando
Me perguntei por que não tenho forças pra ajudá-la
Por isso mesmo nem tô mais orando
Palavras são palavras quando o coração se cala

[Verso 2: Estranho]
Entre jogo de palavras, brincadeira de mal gosto
Muita louça pra lavar, frango xadrez no esgoto
Engole sapo, come peça sem deixar queimar panela
O peão nunca pipoca, o verme rei no ajinomoto
Mas com comida não se brinca, quem dá milho, logo breca
Esses porco no buraco, tudo vai virar bisteca
Faça o movimento certo, use o tempero certo
Apressado come cru, mas não agir não é esperto
Vai pro espeto em pedaços
Te entregam de bandeja
Sob a mesa, cartada surpresa
Retirando os pratos, toda sua certeza
Pouca sutileza, sempre nível hard
Se afogar num mar de molho de pimenta
Meu adversário nem me cumprimenta
Esporte sangrento é sobrevivência
Outro aniversário ou morte violenta

[Verso 3: Buneko]
Tô me movendo tipo Spider, Schneider
Entrando em campo de meião e chinelo Raider
Deixando os bico mais em choque do que o Raider
Vai ter guerra e já solicitaram o Rider
Hoje as batidas do peito mandaram e apontaram pro Norte
Segui e gravei mais uma track, depois vão dizer que foi sorte
Faz tempo que eu tô canetando e mandando umas rima no note
Já me instalei na sua mente, mandar esse verso é o suporte
Pode por na minha cara essa tarjeta preta
Que aqui é soldado do morro armado de caneta
Traficando letra, é muita treta
Meu campo de batalha é a rua, eu sou sargento da sarjeta
Dizem que vivemos como bobos, loucos
Digo que vivemos como lobos, soltos
Eu que escolhi fazer parte desse jogo
Ninguém tá de palhaçada, tamo aqui pra meter fogo

[Verso 4: Tadeu Msour]
Alguns aplausos te trazem aprovação
Também representam reprovação na audição
Diferente de aplausos exclusos
Busco conhecimento em ser humanos profusos
Além de profundidade do ato, maldade de fato
Isso é rarefeito feito
Insatisfeito com o tamanho dessa proporção
Podemos fabricar em demasia
Mas poucos me entenderiam, aí de nada valeria
Me pergunto: Pra onde vai? Quanto tempo tem?
É tudo natural, nada transferido
O tempo nunca foi perdido
Nem toda memória funciona em ordem cronológica
E disso eu não duvido