Tom Zé
Marcha-enredo da Creche Tropical
Preceptores-babás - banca de banca
Preceptores-babás - banca de banca
Preceptores-babás - banca de banca
Preceptores-babás

A tristeza daquela invasão
Ai Deus....Ai Deus, valeu
Valeu para nossa educação paradoxal prazer, e rendeu

A creche tropical - pical
Nossa Universi - Dadal dadal dadal a a a
Há.. nos velhos quintais
Cada moleque do lote dos analfatotes
Ouvindo jograis, os mais radicais

Tropicalisura voz
A tal tanajura
Só cai se tiver na gordura
Os mesmos rondós dos nossos avós

E pedro taques falou - ali dá, dali vem
Se conservar - ali dá, dali vem
O paulista - ali dá, dali vem
Tradicional
Na creche, menino
Vem o provençal:

É um dia, é uma dado, é um dedo
Chapéu de dedo é dedal!
É um dia, é uma dado, é um dedo
Chapéu de dedo é dedal!
É um dia, é uma dado, é um dedo
Chapéu de dedo é dedal!

Ela entra e sai do sertão, ai Deus
Ai Deus nos dá descontínuo rincão
Perdida por lá, a cultura oral, oh mal!
Testemunha vai lá - um tal
De Euclides da Cun unha, unha, unha a a a

Lá...é quando ele cunha
Moeda que trinca na unha
E a língua um dia
Na creche, senhora, poder, magia

Naquele mundão
O falar da gente assegura
Na mansa doçura
Outra cosmovisão: pensar é pão

Depois em rosa eu vi - ali dá, dali vem
Prosa que li - ali dá, dali vem
E ela sorri - ali dá, dali vem
Chegança chega, menino
Medieval batalha naval:

Pra expulsarmos esses incréus
Espada de aço no pescoço
Vento nas velas, Deus no céu
Retorna Dom Sebatião no corso
(Dom Sebastião, o Aguardado!)

(E assim funciona a creche, cada círculo, cada aula
Iam se sucedendo, com aqueles jograis que
Casualmente circulavam entre nós
E lá vai tutano na cabeça dos moleques!)