Praso
Síndroma de Estocolmo
[Verso 1]
Encontro-me
Onde já me perdi um dia
Doce como um dia da ganância que se evidencia
Na necessidade do desnecessário em demasia
Que se foda azia nos estágios fazes azia
Esquecido como uma agulha no palheiro
Metido neste sorteio da vida à qual eu me remedeio
Eu não preciso de avisos do alheio
Contratos com juros, eu incendeio
Isso é uma saída
Eu procuro uma entrada
As pegadas nesta estrada nem com o tempo são apagadas
E desprezar-me dá-me mais charme
Ou culpar-me por essa gente querer ou mudar-me
Mas fico no impasse
Serei um demónio ou anjo sem asas nem classe
Ou será que a minha mãe criou um anti-Cristo em casa, casa
Eu durmo como um anjo, mas sonho com demónios
Os olhos espelham a minha alma
Medos e outros sinónimos
Atividade cerebral seca os neurónios
Situado entre o bem e o mal
Procuro entrada para a sanidade
A porta fechei e joguei fora a chave
Aliando-me na parte mais escura da minha nave
Seis trinta e cinco na cabeça
Pode ser que encrave
Tipo alta sem clave pode ser
Que abane a toca e lave os meus pecados de uma forma suave
A minha nave é uma cave
Medicina artesanal para este meu estado grave
Num clima, interno, ao estilo tipo riqueza no Brasil
Tu perdes família e razões tem mais de mil
E a ti vejo-te como um imbecil
Como toda a gente que contesta o 25 de abril