Praso
O Livro
[Letra de "O Livro" ft. Praso]

[Verso 1: Praso]
Nem o paladar da vitória sinto
Sou apenas uma farda azul presa pelo cinto
Mas o mundo é meu
Ao menos parece quando misturo com absinto
Apesar do forte estilo que apresento na rua
Ausento-me [?]
E mesmo assim, tens-me ouvido e reconhecido
Que mesmo sem ser conhecido
Isso é algo que eu não necessito
É como ter pele de conguito
Por isso não me ponham ao lado desses com guito
Que vendem a alma por isto
A vida não é só isto
A vossa descarta-vos como [?]
Sou milionário em tempo gasto
Nomeado por um rasgo
Imaginas um génio dentro de um frasco
A estragar-se no meio de emplastros
Tipo quem dá tudo e é odiado como um padrasto
Eu saio sem deixar rasto
Com meia dúzia de sonhos num saco plástico
E parto quando sinto que já nada é mágico
Mas nada disto me afeta a postura
Sou um doente sem cura à procura de fazer loucuras
Mas durmo, os meus sonhos são paranóia
Psicose narcótica ou uma mente caótica
O mundo na minha mão arrefece-me a ótica
A ideia de viver para sempre, mano, é ótima
Cego ou estúpido eu nunca me senti tão lúcido
A música é o meu mundo
E o bairro onde vivo é o meu estúdio
Onde eu relato e vejo tudo
Cimento de ferro e fumo, assumo
Estas são as cortinas do meu mundo