Oddish
Luzes nas Alamedas
Eu não durmo sem comprimidos, eu
Um demônio insandecido, eu
Comprimidos são bíblias de um ateu
Com lanternas quebradas pelo breu
Mas o breu é mais lindo que Paris
Vejo lombras, drinks e quadris
Cappuccino e declarações de amor
E ela transa até o céu mudar de cor
Quase cinco e o céu em degradê
Somos anjos caídos em turnê
Não dizemos que amamos sem beber
Eu perdi tudo o que eu temi perder
Paulo Coelho, cê tava certo, ó
Vi no espelho que o vencedor tá só
Hoje eu tô mais cinza que a Babel
Chapado em qualquer saguão de hotel
Eu apenas quero ser o melhor nisso
Voar incandescente feito um míssil
Sou fúria, flow, competência
Fabricado pra fuder a concorrência
Garota, uma última dança
Não vemos mas o tempo avança
Não vemos o que o tempo esconde
Te adoro, mas ó, fica longe

(Refrão - Eslia)
Meu amor, não tenha medo
Que os prodígios morrem cedo
Dizem que os deuses se zangam
Sábios nascem, deuses sangram

Cê sabe o que o rancor me trouxe?
Baile cinza, chuva de foice
Nuvem negra, e a ironia
Ser genial com a carteira vazia
Quandos beijos conseguem ser muito mais frios do que um banho de solidão
Quando a vida é uma bosta e mudar é tão fácil quanto pegar o sol com as mãos
Luzes, luzes nas alamedas, copos, copos, fogo na seda
Sóbrio, sóbrio, quando cê fica?
Nunca, mas eu fiz um disco pica
Sobre um vazio que a grana não supre
Sobre vagar com o olhar dos abutres, sobre nascer e morrer pecador
Na cidade onde as lágrimas viram vapor
Quando você põe a sua cara a tapa
É o preço pra ver seu nome no mapa
Isso é só mais uma fase do script
Eu nasci pra cancelar o apocalipse
Agora soletrem meu nome
No palco, um dragão com fome
O acerto de quem desacerta
Foguete de janela aberta

(Refrão - Eslia)
Meu amor, não tenha medo
Que os prodígios morrem cedo
Dizem que os deuses se zangam
Sábios nascem, deuses sangram