Nego E
Anti-Herói
[Refrão]

Caminhei, batalhei, lutei com fé
E essa fé que firmou meu andar
Meu herói ta ali no bar do Zé
Remando contra a maré ele um dia chega lá

Caminhei, batalhei, lutei com fé
E essa fé que firmou meu andar
Meu herói logo cedo tá de pé
As vezes toma café antes do galo cantar

[PARTE I - Max B.O.]

Caminhando, cantando e seguindo a canção
Fazendo filtro no meu campo de observação
Não tenho capa, não uso máscara e vou sem martelo
A rua ecoa um “salve B.O.” pra que o Marcelo (Silva)

(Eu!) Chegue no bagulho e resolva
Com a responsa do mic, com o verso que envolva
Pra que o povo absorva devolvo num “salve rapa”
Quem sabe onde quer chegar dispensa o mapa

O mundo é nosso, então vamo buscar isso aí
Eu tudo posso a rua é minha desde que eu nasci
O gigante acordou só que não foi agora
Levantou cedo pra ir trabalhar, já saiu fora

Foi antes do sol nascer volta depois que ele partir
Sabe o que vai acontecer se um dia deixar cair
É do tipo que não dá espaço pra falta de fé
Dá licença que ele tá sem tempo pra blasé-blasé

[REFRÃO]

[PARTE II - Nego E]

Rota de colisão do que ergue e o que destrói
Linha tênue entre ser vilão e anti-herói
Lampião na vida abalo, solidão sou Frida Kahlo
Vive no submundo, atrai o cheiro do ralo

Cai imundo, subtrai, abre o olho e levanta
Em nome do pai, mãe hoje não volto pra janta
Se não se adianta, não adianta, não desperta é ato falho
Criptonita é ficar sem trabalho

Contra-ponto, minha heroína inspira
Conta ponto a linha azul na folha branca
Cada vez que respira, reflete no que transpira
Não conspira, das grades retira a tranca

Entrego entre tragos e café, trago com fé
Justiceiro cego, Demolidor em guerrilha em pé
Ergo o alicerce e carrego na pele traços
Mais coração que razão quando marco passos

[REFRÃO] (2x)