Mobbzilla
Flores
Delicada como um bonsai
Linda até quando cai
Me traz só paz
Cultive nossos ideais
Sedosa, morena rosa
Linda do sorriso, as covas
Tranquila, transpira alívio
Me mostra
Notou no show das pétalas de cerejeira
Beira sexta e sua pose de gueixa
Me aceita
Seu jardim, nossa união
Como um jatobá
Seu toque como um cetim
A me consolar, ao alegrar
Sempre somos inflamáveis como vinhos velhos
Usando chá de remédio
Regando de amor meus versos
Colhendo liamba
Trombeta e DMT fritos
Já vivi do velho e liso
Brinco de fazer improviso
Pra minha velha companheira
Minha preta, minha paz
Ela é preta
Respeite o próximo e viva mais
Ela é minha cura homeopático do meu dia
Ela é mágica, minha outra parte
O camarão do meu pelém, é temática
Prática
Na cozinha, complicada na rinha
Pretinha sozinha, eu sei que você falta pecinha
Viagem nas linhas
Fiz com o amor que você me deu
E graças a Deus temos um ao outro nesse breu
Floresceu
Mesmo com os galhos quebrando
Eu segui, pois a missão é ser feliz
Agora parece fraco, mas o que importa é a raiz
Na rocha alimei os murgos, burgos
Ervas daninha, assina minha alforria
Mas minha alma sentia sua sinha
Gritos de árvores africanas exploradas
Nas terras americanas
Mortas a paisana
Por ligações norte-americanas, desencana
Me chama pra essa dança
Vamo pra Holanda
Mas só depois de libertar Ruanda
Sei que você é paciente, ciente
Que a pressa só vai te enganar
Me diz que vai ser só nós dois
E não vai faltar feijão com arroz
Pra todos, no agora e no depois
Toca a sinfonia que nossa alma compôs