[Verso 1: Pop Black]
A vida tem seu preço e a morte vem de graça
Uns nasce na plata e os outros na desgraça
O universo é massa de manobra
Onde o dono do bolo nos alimenta com a sobra
Ocuparam as escolas, é, se cansaram
E por fazerem o uso do direito apanharam
Contra os sonhos empilhados, contra os rostos molhados
O peito angustiado, povo vive injustiçado
Uma mulher chorando e um camburão
Suíno no horizonte, bem atrás dos monte
Mais um filho que some, sem notícia desde onte
Procura no IML, porque corpos tem de monte
Quantos entregue a depressão
Já desistiram da vida em tom de despedida
Espírito suicida enganou mais uma menina
Perdida no labirinto da mente não achou saída

[Refrão: Pop Black]
Fazem tudo pra mante seu pedaço de pão
Fazem tudo pra obter um pedaço de chão
Enquanto o filho do político quer camarão
Ele come sua porção de arroz e feijão

[Verso 2: Rashid]
Relógio desperta, de força a deixar
O sonho de segunda, terça, quarta, quinta, sexta
Tempo passa lento e a dúvida é profunda
Pesa tanto sobre os ombros que deixa corcunda
Sobreviver ou arriscar?
E se eu ceder?
Se lá na frente for tarde pra se arrepender?
Mas e se eu tentar?
Contar histórias por viver ou por ouvir falar?
Vida curta, sem tempo pras filler
Se for comédia esse filme vira Thriller
Sérião, desespero é estérea
Miséria diz que o descaso é o maior serial killer
Meu filho, escute as minhas palavras
Não como alguém que sabe tudo
Mas como alguém que procurou saber
Enxergando que o futuro é o saber
Pra elite o duro é gente como eu saber
[Ponte 2]
Quanto vale paz no coração?
Viver feliz sorrindo sem preocupação
Se pá, na beira-mar olhando a imensidão
Acompanhado de quem? Ela, como isso é bom
Poder mergulhar
Na vida sem ter medo de afogar
Acreditar que as coisas podem melhorar
Faz sentido ouvir a voz do mar
Tão suave essa maré vai abaixar
E você vai poder andar, sei que vai na fé
E sua visão vai ampliar e vai enxergar
Muito mais além

[Refrão: Pop Black]
Fazem tudo pra mante seu pedaço de pão
Fazem tudo pra obter um pedaço de chão
Enquanto o filho do político quer camarão
Ele come sua porção de arroz e feijão