Jean Tassy
Abre o Olho
[Verso 1: Jean Tassy]
Mais uma vez batendo o martelo nos pregos
Vou chegando na missão saudável
De ter que tirar o elo dos egos
Quando descobri que a razão que nos deixam mais cegos
Foi nesse momento que eu quis ir pra outro paralelo
SOME...
Mas depois tu volta
Lembra de trazer informação pra entendermos o motivo da revolta
Mesmo que seja guerra fria
Ou seja, sem escolta
Prego pela paz e não pela reviravolta
É uma guerra entre o interno e o externo
Tua alma ta vazia se tu se enxerga mais homem de terno
Aí complica vou lhe dar uma dica
Tem tanto tempo que venho perdendo caçando argumento
E tu parado fica
Não tem como mais ficar parada estagnado
Sugado de pouco a pouco
Um esqueleto mascarado
Tem que existir uma dosagem certa
Esperando que sua alma se equilibre em uma linha reta
Isso é produzido de passo a passo
Deixando o pensamento livre explorando todo o compasso
Logo entenderá que o equilíbrio é apenas o primeiro laço
Até chegar no último, tem que montar todo cadarço
Procure seu espaço
Sei que hoje em dia o amor se apresenta escasso
Sou do tipo de guerreiro
Mergulha no fim do poço
Só sobe pra superfície quando destrói o fracasso
E ae como é que faz ? tu olha pra trás ? Não
Vou seguindo firme e forte apenas uma direção
Se o caminho ta encurvando faz uma meditação
Demonstrando que seu corpo não precisa ter razão
A fração da minha viagem, algo sem terminação
Em que loucura e lucidez coligam-se pela atração

[Verso 2: Lks]
Abre o olho veja a diferença
O mundo é um fruto de tudo que você pensa
Eu tenho tudo que desejo vejo e almejo guardo em segredo
Penso concentro disfarço medo
A sim que toca o meu enredo
Ninguém pode mudar o meu foco
Se toca, não tava enganado
Falsidade é "mato" igual pessoa bonita por foto
Olho aberto a miliano
Queriam me enganar só que ficaram no engano
Todo meu caminho lapidando e matutando
Foi nessa mesma que tu perdeu achando que tava ganhando
Engano enganaram enganariam só que por mim foram enganados
Não imaginaria
Não falo tudo do que você gosta, dou um soco na cara
E nunca apunhalada pelas costas
Mas entende da minha picadilha, sou lobo solitário da minha matilha
E lua ta cheia vejo o luar
O lobo ta na rua esperando a hora certa de atacar
Foi nessa hora que a norma se estabeleceu
Enquanto eu to no meu mundo você se situa no seu
Coloque suas fichas sem entrar em estado de choque
Quando a mosca pisca é que o sapo da o bote
Pior cego é aquele que não quer ver, interessante
Japonês cresce na vida porque não tem olho grande

[Verso 3: Pj]
Andando com os três olhos abertos
Caçando, extraindo a percepção
Usufruindo minha visão interior
Imune a qualquer força fraca de conspiração, mano
Carros de inovação, jatos raros sinônimos de prisão
Aprisionados viraram animais de estimação
Todos eles seguindo o mesmo propósito da razão
Minha visão nunca me trará essa conclusão
Evolução não há o mundo só se transforma
As cores escondem as dores e o povo se conforma
Por cima uma aquarela por baixo uma escuridão
A fórmula da refórmula ninguém revelou
Foi nesse momento que meu consciente remodelou
Parei pra pensar quem foi que empapelou a riqueza
Trocaram o amor pelo dinheiro e nem sonha a profundeza
Nem se quer lembra que o teu carácter esfarelou
Se próprio atropelou, congelou a alma que um dia podia sentir
O valor da nobreza, chora agora que no próximo plano é só tristeza
Essa vida é só uma, olhe bem com quem convive
Aqui não vale o quanto se vive e sim o como se vive
Abre o olho mano se adianta desse declive
Saiba jogar o jogo se não tu não sobrevive
Somos todos um, viemos da mesma substancia
E no desligamento apareceu seres com petulância
Esquecendo-se do amor a real importancia
A força da ganância que deu origem a abundância
Corro pra longe disso não gosto do gosto do ego
Nessa vida quem ta pagando de prego eu quero distancia
Enquanto rego o amor com a paz eu trafego
Os cara de nó cego são tudo mais frágil que lego
Eu não me apego a nada material
Ascendo um incenso e me entrego ao meu ritual
Carrego sempre meus canais espiritual
Cansei de viver no mundo igual canibal
No jogo da sina virei o apanhador
Mudei todos meus elementos pra calejar minha dor
Independente do que faça bote amor, enraizador
Para as coisas que tiveram pouco valor
Meu esqueleto é o meu instrumento meu crânio é o meu afinador
Canto tudo que penso, isso me alivia a dor
Sem encenação, não finjo sem quem eu sou
Pois quem finge cai no próprio buraco que cavou, mano