Jean Tassy
Circo dos Horrores
[Verso 1: Jean Tassy]
Eu sou mais um escravizado da colônia
Que vê a bolha de fora
Mas se contenta com a lama
Três nove de cabeça pra baixo me dizem
Que o preço da liberdade
Pode ser a verdade à tona
Não sei qual é o fator da sua hipocrisia
De duvidar que vivemos em outra hipocrisia
Vida pacata
Criando um psicopata
Agradeço por não ter nenhum sentimento de dó
Por isso eu vou na clave de se
Porque a busca da liberdade
Não é somente voltando-se pra sí
Por qual motivo o homem que criou tanto
Mas ouviu pouco
Tudo é só um Folie à deux

[Verso 2: PJ]
Não enxergo razão para pensarmos
Que nós somos a melhor última muito menos a primeira espécie do espaço
Jow, sufoca saber que é raro Rap real no mundo de buceta e droga
Maloka não é quem mente pra si pelo malote
E sim aquele que busca a luz e evolução na causa nobre
Ei ow dimensão aprisionada absorvendo CO2 só se contorce Fundindo os dons de paz aterrissaremos onde o amor sempre estás
Não ignore a ignorância pois será um ignorante ignorá-la
[Verso 3: Don]
A terra o seu limite e nossas dores
Meticulosa sedada vários sentidos e ambos podres
Diversos questionamentos
São versos com sentimentos
Meio terrorista nesse circo dos horrores
Carapuça vai, a cultura vem
A loucura sai, combatentes em combate na guerra
Tu soluça paz, mas a paz não tem
Sinta e veja a mais, serpente não só rasteja na terra
A porta e sua brecha, aquela que não vê, mas aquilo que sente Sombra soma sempre simples nisso
Quando a porta se fecha

[Verso 4: Faiska]
Indagações em vão
Manipulação, circo de horrores
Nóiz nem vai imaginar o que acontece nos bastidores
Manda espanca os professores
E alisa as comissária
Ainda afirma, que a causa das mina é desnecessária
Pensa uma sessão do plenário, que junta um bando de otário Pra aumentar o próprio salário e deixar o povo aqui fodido
Pra mim então a solução era taca fogo no Senado
O cenário reformulado
E o problema tava resolvido
Eles conseguiram fazer o povo contra povo ser efetivo
E é cada um por si, foda-se o instinto coletivo
Agora calcula qual o preço da intolerância é mais que certo Que ignorância gera ignorância
Incompetência mais excesso de poder na mão dos trouxa faz
Tu chamar de excelência alguém que ainda não foi capaz
Eles quer ser Racionais com a ideologia do Latino
Mas se o intuito era causar medo, 'tão igual um poodle latindo
[Verso 5: Dimomo]
Equilibristas que lhe brisam vivendo nesse ciclo
Vi o mal nas entre linhas e os karmas girando em círculos
Os darmas girando em círculos
Cada atitude nas alturas é uma arma nesse circo
A circunstância em que vivemos nos faz servos
A resistência é pelo aço e eu acerto
O sustentável é um sustento mais concreto
É só um tempo e chegamos, 22 séculos

[Verso 6: LKS]
Eu sou do mar e lancho no siri cascudo, aqui é agrotóxico toxico até na veia
Barras em códigos só que a água bate e desfaz esses diamantes de areia
Nessa vida o que fiz de errado foi não ter feito tudo o que eu quis
Desvendei o mar inteiro encontrei um jeito de vim para a terra eis-me aqui
Consumindo o que quero agora que eu posso
Fazendo o que me testo
Detesta ai que aposto
O som daqui bate bem melhor por dentro e o de lá bate bem melhor por fora

[Verso 7: Victor Xamã]
Nesse circo a bilheteria foi roubada
Respeitável público horrorizado
Marionetes dos padrões todos programados
O governo do país é o atirador de facas
A falta de confiança é um equilibrista
Participando a primeira vez desse espetáculo
Na vida real digamos que a rede de proteção nunca foi inspecionada
Faça seus cálculos, desde 22 de abril de 1500
Descobrimento
Mas pra invasão domiciliar
Culturas transformadas em pequenos fragmentos Aprisionadas em um ciclo peculiar
De desonestidade, desconfiança
O circo pega fogo enquanto a contorcionista dança
Desgastado panorama e uma parcela de culpa
No alastramento da chama
[Outro]
Nesse circo a bilheteria foi roubada, foi roubada, foi roubada
Nesse circo a bilheteria foi roubada
Nesse circo a bilheteria foi roubada, foi roubada, foi roubada, foi roubada, foi roubada, jow, foi roubada