Jean Tassy
Cypher Lado Leste
[Verso 1: MatheusMT]
Por minha quebrada no mapa
Por minha área no jogo, eu sei
Quantos não dão a cara a tapa
E querem julgar o que eu conquistei
Na vila os moleque sem placa
Na ativa com os radar e a barca
Ali pela esquina onde os cria traficam
Onde a pista é sempre salgada
A minha área é igual a tua aqui a polícia também mata
O futebol brabo de rua vira oitão na madrugada
Eu tô ligeiro o dia inteiro pra não ser pego na estrada
O que conspira é o mesmo que morre com a boca
Eu tô pela vida loka até o litoral
E vou tá firme nessa porra até chegar meu funeral vagabundo
Caso ao contrário eu vou cobrar até o final quem só conspira contra tudo
Tem Rap de parafal
Cês tão usando muito droga e dormindo na hora da rima
Ou fazendo muito ioga e achando que é bom de rima
Todo dia um irmão morre, escorre sangue nas esquinas
Aos amigos que se foram eu peço proteção de divina
Peço proteção de cima, verso, contenção na rima
Eu erro quase todo dia mas mantenho a disciplina
Os mesmos olhos que me julgam são os mesmos que me admiram
O mesmo mano que elogia é o que vai contar mentira
O que vale é o que to na fita, dos freestyles das antigas
Hoje eu que visto a camisa e dou ordem nessa porra
Sou primeiro a acordar, último a dormir
Sou eu que faço a faxina e eu mesmo que faço a zorra
Por mais que tudo exploda
Sem sair do trilho pra ter uma luta honrosa, pra poder me manter vivo
Falsos mcs se fodam
Só vai ficar quem tem brilho
Porque eu sempre escrevo rap igual carta de pai pra filho, porra

[Verso 2: Jean Tassy]
Fúria, medo são meus padrinhos
Filho do meio, pai dos treze motivos da letra
Um; só a mentira onde á verdade
Dois; quem viu não vê por medo de não ser verdade
Três; quem passa no pelo não sente o pudor
Pelo amor de Deus, Diabo para que visão dói mais do que caô
Quarto ato de provar o gole da vida
O nosso brinde soberbo diário de todos os dias
O solo nos contaminou pregou na rota
E o nosso chão não conseguiu se destacar
A brisa dos 9 que faltam tão na toca
Luno amou sua vida e não deixou ela voar
O solo nos contaminou pregou na rota
E o nosso chão não conseguiu se destacar
A brisa dos 9 que faltam tão na toca
Luno amou sua vida e não deixou ela voar

[Verso 3: Diomedes Chinaski]
O mundo é um Burguer King e eu sinto tanta fome
Respeite o homem sujeito a regra de sujeito homem
C-H-I-N-A-S-K-I
Anota esse aí, antes que eu vá cair
Chave Mestra ta iluminando de verdade
Fechei a funerária e abri uma maternidade
A vida é cara, cara, e a morte é o preço da liberdade
Não pensa que a estátua da liberdade dá liberdade
Morro tipo Belchior, clássico pra eternidade
Se falei tipo maçom quis dizer fraternidade
Oi baby sou Chinaski, O Aprendiz, filho de--
Faço diss, que se foda
Minha vida já se foi irá voltar
Novo sol irá brilhar, assim se foi assim será
Leio o nome do meu time estampado nas estrelas
E a sua liberdade nenhum faraó fará

[Verso 4: João Zaki]
E se não existisse essa ilusão pra quem se diz ser
Maior que o próprio dom?
Não haveria a dor
Pra boca que o gosto perdeu
E a língua sofre o sabor
Essa canção não é triste
Resiste, existe pra falar do valor
De quebrar muralha, pra cada senzala
De casa em casa meu passo exala
A fonte da água, da fala, da mágoa, da cara do senhor
Eu sou um viciado em tudo que faço
É isso que eu trago, um trago diário
Fumaça de carro, cigarro criminalizado
Do meu quarto pro palco
Minha sina brinca com a vida amor
Era moleque ainda soltando pipa hoje na linha do Equador
Vendo o mundo de cima curtindo a brisa de ser sonhador
Chutando a quina por ser egoísta, santo pecador