[Verso: niLL]
[Verso: Ramiro Mart ]
Sigo adiante, não adianta adiar a dor
No diário de bordo, letras vermelho bordô
Vou pela borda sem triângulo
Só de boné bermuda
Poeta tipo Neruda, neuro-rimador
Eu sou daqueles que nunca lança um bagulho ruim
Mesmo nem sempre podendo fumar um bagulho bom
O jeito é meu e não empresto
Não importa se eu presto ou não presto
Eu peço pra tu prestar atenção
Então, quantos livros eu li?
Não queira saber, pode ser que não goste mais de mim
Mas você? quantos raps ouviu?
Pode ser que nossa conversa então chegue ao fim
Confesso, ando meio impaciente
Mas pra ficar ciente
Meu olho finge que nem te viu
Escrevo letras que até os inteligentes
Se sentem num ambiente hostil
[Verso: Matéria Prima]
Distopia tropical
Selvagens descalços dão tropeços e passos em falso
Deram força pra farsa
Agora faça voce mesmo um caminho
Pra sair dessa desgraça que nao vem de graça
Mas quem é que paga o preço desse pato gigante
Realidade é gritante, nesse pasto é o seguinte
Nós somos o gado seguindo o barulho do berrante
E na subida do morro é diferente
De fé a gente que mora lá sobrevive independente
Entre varios dependente sem dente
Que nem sabe mais se vive ou só existe, entende?
Mas avante fica a vonts, é tudo da lei ate que mundo se desmonte
Nill, materia, ramiro, e espião agora vai fazer a ponte
[Verso: Espião]
Vai pra janela, bate panela
Grita "tira ela!" e ela saiu
Canalha assumiu
Tomou viagra, fodeu com o Brasil
Cortou recurso, cortou direito
Não tem dinheiro e perdoa banqueiro
É o filha da puta que faz puta zona
Que mata os índios e vende amazônia
Ministro condena maconha?
Isso é uma vergonha
Mas esse assunto ninguém toca
De quem é o “Helicoca”?
Pra piorar, povo sem cultura
Pede a volta da ditadura
Enato para essa porra que eu quero descer
Descer o cacete, o pau vai comer
Filha da puta vai correr
Quem vai ficar pra ver