[Verso 1]
Que tipo de preto
Eu tenho que ser?
Pra ser um preto
Aceito por você
Na minha quebrada tem um pretinho que é na dele e ele não lacra
Faz o corre quietin caladin todo dia na sua via sacra
Ele não joga bola não anda nos pano mano ele não se enquadra
Em ser um negão dentro do padrão que o mundo idolatra
E também tem uma preta que com a caneta escreve romance
E não adianta tocar um funk esperando que ela dance
Ela sе chama lídia linda como uma orquídea e ela lida com a mídia
Quеrendo outro lance procurando um encaixe bem longe do close
E de todo mundo que vive fazendo pose
E ele é um monge e passa longe do desespero
De todo mundo querendo provar quem eu mais maloqueiro

[Refrão]
Que tipo de preto eu tenho que ser
Para ser um preto aceito por você

[Verso 2]
Nesse território nacional tanta gente original
Vista como marginal e agora sofre de outro mal
O julgamento do seu igual dizendo se não for sensacional
É só mais um sonso sem sal
E eu não quero pagar palestra MC Tedx mas não é porque preto não milita que ele fica de mal com Malcolm x
Por falar nisso a pele dele e a de Marielle era bem clara parece que a bala não escolhe tom de preto
Quando dispara um lado não aceita o outro não entende carne mais barata ou jogador caro tudo é um produto que vende pela minha negritude eu tenho paixão mas me põe uma caixa é igual me pôr no caixão