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Sintoma
[Verso 1]
Oh meu deus que me perdoe o papa mas dá vontade de sair no tapa
Ou arrumar um berro e pá pá
Fica entocado e sumir no mapa
Quando passo pelo restaurante
Lindo e elegante e quem se acha melhor me olha como meliante
Meliante mediante seu olhar de scanner eu queria ser o Bruce Banner
E virar Hulk, mas acaba no presídio do Luciano Huck
Exposto que nem um banner еsse tratamento obsceno gеra
Muita cena insana pro noticiário de noites em áreas urbanas
Basta as dores dos bastidores da minha vida em cores gritantes
E ainda lido com víboras vibrantes
Querendo inocular seu julgamento na jugular
Pego a caneta o caderno e a revolta e jogo tudo lá

[Refrão]
Tudo é sintoma quer treta
Digo sim toma

[Verso 2]
Vai achando que tá bom eu me lembro de Trayvon, Amarildo e da Cláudia
Pele parda ou marrom ou negro retinto distinto o vinho tinto da raça
Imagino o que ce passa sentado de boa na praça no meio dessa tensão racial
De domingo a domingo por um tratamento especial eu já fingi que era gringo
De um luto para o outro João Pedro, George Floyd
Será que um dia para bater de frente vamos ter que virar andróide?
Já que a gente é tão desumanizado com o organismo desorganizado
Com a higiene da eugenia na árvore genealógica
Para entender isso não tem que ser não é lógica
Não tem que ser gênio é lógica que
Tudo é sintoma que é treta digo sim toma