[Letra de "Calor da Rua" com Francisca La Braza]

[Verso 1: Danilo Cutrim, Pedro Lobo]
Vai Maria cansada de apanhar
(Não sou pedra mas posso endurecer)
Vai José se arrastar pela cidade
(Não sou lenha mas eu incendeio)

Vai Maria encontrar com seu José
Se afogar no refúgio da cachaça
Santo oco uma hora vai quebrar
(Não sou pedra mas posso endurecer)

[Verso 2]
A ressaca faxina sua raiva
(Não sou pedra mas posso endurecer)
E a engole pra baixo do tapete
(Não sou lenha mas eu incendeio)

Vai Maria encontrar com seu José
Paz e glória na terra da falácia
O que é oco uma hora vai quebrar
(Não sou pedra mas posso endurecer)

[Refrão]
Já sei pra onde vou
Eu vou sentir o calor da rua
Já sei pra onde vou
Eu vou sentir o calor da rua
Já sei pra onde vou
Eu vou sentir o calor da rua
[Verso 3: Vitor Isensee]
Minha tua
Onde a realidade é mais nua crua
Já sei pra onde vou eu vou pra rua rua
Vamo porque a luta continua

A rua é divina, a rua é de graça
Sirene cantando o sonho estilhaça
Maria que apanha do Zé é da cachaça
E o mundo que bate no Zé e na massa

[Verso 4: Danilo Cutrim, Pedro Lobo]
Vai Maria cansada de rezar
(Não sou pedra mas posso endurecer)
Chama o Zé com olhar de gasolina
(Não sou lenha mas eu incendeio)

Vai Maria encontrar com seu José
Que a recebe com tato de polícia
Santo oco tua hora é de quebrar
(Não sou pedra mas posso endurecer)

[Refrão: Danilo Cutrim]
Já sei pra onde vou
Eu vou sentir o calor da rua
Já sei pra onde vou
Eu vou sentir o calor da rua
Já sei pra onde vou
Eu vou sentir o calor da rua
Já sei pra onde vou
Eu vou sentir o calor da rua

[Saída: Vitor Isensee]
Quem tem saldo não vai chamar Samu
Sanguessuga não, só se for somar
Vai ter flecha sim, se tiver bambu
Porque a rua quer te fazer notar

Que sob o viaduto a poltrona é sempre dura
Meritocracia que não faz por merecer
Quem com ferro fere, tanto bate até que fura
Sei que não sou pedra, mas eu posso endurecer