Qua$imorto
Último Dia de Inverno
[Verso 1: João Alquímico]
Fumando Free Blue e ouvindo blues num quarto escuro
Assopro fumaça em direção a o vento e ela sobe
E ela sobe rumo as estrelas, eu vi seus olhos
Como os dois pontos mais brilhantes nesse céu negro
Nessa noite eu me senti distante como os dois pólos
Rumo aos 20 e tanto, João tão jovem quanto sóis em outros planos
Lençóis e toques tântricos
O amor é tão recíproco quanto as mentiras que te contam
A deriva desse conhecimento tão escasso que nos rondam

[Refrão: João Alquimico]
Filmo seu universo em fotos
Hoje eu me senti mais próximo
Do sol que morre no último dia de inverno
Filmo seu universo em fotos
Hoje eu me senti mais próximo
Do sol que morre no último dia de inverno

[Verso 2: Fernando Vário$]
Ainda tento encontrar frutas nessa época
Tipo, não liga mais, já faz meia década
De espera no cais, âncoras na caravela
Te impedem de amar o mar, mesmo em baixo de ti
Mesmo carpete que pisa não é o mesmo se não sente
Se não entende o valor que é diferente
Do preço na vitrine, se puder me ensine
O que quiser sem mentir
Quero pôr os pés em marte e a mão nos ares
Horas pássaro, horas árvore
Ora, VÁRIO$, ora padre
Não queira doutrinar minha consciência julgando minhas vontades
Porque o inferno é aqui e ele é tão frio que arde
RAP é igual Skate: Cair faz parte
Ambos igual a vida: Uma arte
[Refrão: João Alquímico]
Filmo seu universo em fotos
Hoje eu me senti mais próximo
Do sol que morre no último dia de inverno
(OITOOITO)
Filmo seu universo em fotos
Hoje eu me senti mais próximo
Do sol que morre no último dia de inverno

[Verso 3: Luiz Caqui]
Entre o veneno e o licor
Céu baunilha e a fragrância da flor
Dualidade entre o inverno e o calor
Quantas vezes me propus a falar de amor?
Entre o veneno e o licor, garrafas por cima da mesa
Entre o sereno e o ardor, sentido oposto a correnteza
São tão fúteis as certezas que nos cercam
Hoje eu tô fugindo de mim mesmo e mal me interpretam
Um dia só pra mim é o que eu preciso
Uma hora só pra mim é o que eu preciso
Um minuto só, um minuto só
Um segundo só pra mim é o que eu preciso

[Verso 4: Sérgio Estranho]
Perguntei pro céu, pro mar
Pro mágico chinês
Mas parece ninguém sabe (Ninguém)
Contar histórias pra que o mundo não acabe
É o que cabe a mim, onde me sinto mais hábil
Na caça da resposta premiada
Castelos encantados com tijolos de marfim
Eu construo, tô na base tipo Bob Burnquist
Vitamina "A" fortalecendo a raiz
Já quis mover ponteiros, hoje quero para-lós
Parar no tempo não existe, ele só fica escasso
Sigam-me, sigam-me ou vou perder espaço
Brada o relógio como Dent põe no laço
Tudo vira métrica, tudo transmutada em sílabas
O beaba dos símbolos, combinações que não terminam
Combinações que determinam sentidos
A fórmula secreta, receita dos ídolos
[Verso 5: Victor Xamã]
Sinto temos algo em comum
Objetivo no princípio é um rascunho
Vai mudando o curso, compus doeu o pulso
Tudo cada vez mais confuso
Quantas vezes descalço, descanso
Rápido me levanto um clarão é confuso
Sinto saudade coração em apuros
Limpa as lágrimas respira um ar puro