Rodrigo Cartier
Atemporal
[Verso 1: Rod Parracho]
Eu sempre fui nada sóbrio, desde menor
Do B.O. pros outdoor, registrando igual GoPro
Do pior pro ótimo
Sou matemático, acertei os cálculos
Meu bonde imaculado e maquinado
Foda-se esses maquiado, mal-criado
Sem fazer cara feia
Carreira meteórica então melhor juntar seu pé-de-meia
Eu vim da quitinete, sem net, raiz nordeste
Não mexe com quem tá quieto
Novo Egito corre pelo certo

[Verso 2: Lk]
Meu rap é uma carta em código morse a ser decifrada
E nem que eu demonstre e nem que eu te mostre a tábua de Toth
É quase um deboche a massa fantoche
É o bug da matrix, molotov que inicia a chama da metamorfose
Desperta seu córtex, abri mais um vórtice
Meu rap é um bote do cão que cê nem viu não ladra e te mordeu
Da vida me intoxico, me jogo do palco de mosh-in
Novato não force, seu verso não é forte
Talvez você se falsifique

[Refrão: Bruno Chelles]
Um salve pra quem me testou
Se perguntarem eu nem vou
Se botarem qualquer regra eu contesto
É só questão de tempo
Um abraço pra quem ficou
Te falei meus planos iam dar certo
Baby
[Verso 3: Froid]
Aquilo que só tu tem, mesmo que madruguem
Me obriguem, matutem
Fala que não, mas eu sei aquilo que eles odeiam, mas curtem
Posso prever seu passos, mas tudo meu é surpresa
E mesmo que eles ocupem, aluguem o ouvido, é passageiro
Estranho é mais legal que estrangeiro
E mesmo que agrupem com as groupies e adubem os do bem
Guerra pra provar quem é o mais verdadeiro

[Ponte: Rodrigo Cartier]
Uh, por toda a cidade
Sinto o cheiro da maldade
Que ocupa o lugar do amor nesses corações
Uh, pra que falsidade?
Se nesse mundo prevalece a vontade
Daqueles que já tem o controle de toda a manipulação

[Verso 4: Rodrigo Cartier]
Eu vi que seu rap vende o que eles querem comprar
Mas aí, eu sei sua condição, a rua vai te cobrar
Não me venha apertar minha mão, Egito é revolução
Conheço o jogo ladrão, não sou snapback-bronca-e-refrão
Não

[Refrão: Bruno Chelles]
Um salve pra quem me testou
Se perguntarem eu nem vou
Se botarem qualquer regra eu contesto
É só questão de tempo
Um abraço pra quem ficou
Te falei meus planos iam dar certo
Baby
[Verso 5: Lk]
Então não ferra, bro
O meu mérito eu que faço
Esse é o meu ritmo
Meu método é meticuloso, místico, além-alma
Eu sou mestiço de mil raças
Mestre da minha vida
Nesse jogo ter merecimento é caro
E o karma vem de graça, eu fiz minha parte
Não fode, eu sou mais louco ainda que esses MC's que tão de marketing
Me desc-c-c-ulpe qualquer confusão mental pra esses moleque
Não me c-c-c-culpe pelos rap, é só minha arte

[Verso 6: Rod Parracho]
Se hoje everybody wanna be a MC
Mas não é fácil assim ser igual a Rakim, God MC
Rimo em tupi, destino é cíclico, flow legítimo
Tô aqui, Rod não é preto, mas tem alma de Zumbi
Na meta das metáforas, safo na selva
Rezo pro rap me salvar enquanto ele for mais que falar merda
Pelo contrário: mate-me, se virar "só pela cédula"
Profetas de proveta
Nunca vão entender o que é um poema

[Verso 7: Froid]
Depois de 12 anos ainda não esqueci do 12 mola
Da onde eu vim fez vagabundo trabalhar por 12 horas todo dia
Pra pagar de 12 meses, um bagulho que lá na China 12 mil par de sapatos é 12 dólar
A gente nasce bom de prosa, cresce bom de bola
Morre bom de bico, vive bem de boa
Verso vem de dentro, os pano vem de fora
Vendo o próprio tempo
Eu sou o senhor da minha própria história, por isso é foda