Choice
Entre Índios e Soldados
[Intro]
Choice
É a Aldeia, é o Tanque
É o rap nacional

[Verso 1: Choice]
Vim pra SP e dei 20 na mão da minha mãe
Quero voltar podendo dar 2 mil, e eu não
Vim cá por xota, nem nota ou champanhe
Só quero iniciar o plano de conscientizar o Brasil (visão)
Papo de visão não gera divisão
Papo de cuzão me gera diversão
Vivem no celular, mas não passam de versão
Daqui a pouco vão querer aplicativo pra pensar
Papo de vida ensina de verdade a dividir
Papo de dívida ensina a não dever
Na internet mete de VD
Nós é cigano e mete de voodoo
Não tente nos impedir
Não alimente a besta se não pode controlá-lá
Não conquiste o terreno se não for pra controlar lá
Se quer falar aceite ouvir, não seja contra trollar
Conselho não é contrato, pode discordar com treta

[Verso 2: Lisboa]
Salve Aldeia de MCs, mais um assassino
Somos Praça do Compromisso e eles os que mataram o Índio Galdino
A resistência vem do elo
E se a batalha for no viaduto eu duelo
Se forem queimar meu filme no roteiro eu apelo
Reprovei no teste de bafômetro, quando eu rimo atropelo
Atropelo, atropelo
Espécie de escrita extinta comigo sobrevive
Poetas no Topo do ranking, assim que o Cypher Aldeia vive
Equipo o ataque pra que eu seja o próximo súdito
Público alvo não me foca, logo alvejo o público
O homem é o lobo do homem nessa trilha
Humildade que ganha de ego volta líder da matilha
Selva de concreto onde almas são ranzinzas
Graffiti é vida, Dória matou SP: cidade em cinzas
Mesmo não sendo Medina eu tiro onda
Oceano Lírico sempre foi a onda
Comecei como um peixe na cultura
Agora eu sou Mobb Dick na literatura
[Verso 3: Tatu]
Um cristão, em meio a corote e nine-nine
Sem pedera e palavrão, compensei com punch line
Sou MC de batalha, vagabundo
Acostumado a matar em apenas 30 segundos
MCs mutantes essa é uma x-cypher
The Voice favela, o Bob é Tiago Leifert
Faz trocadilho, tá tudo certo, tá tudo errado
Tudo e todos reunidos, pra pegar o que foi roubado
Somos Poetas no Topo, cantando Favela Vive
Me enquadraram, e eu portando rimas de alto calibre
Por causa de trampo, mó cota que eu não batalho
Quando rima for meu trampo eu mesmo vou dar trabalho
Um maluco no pedaço, com mente de Shakespeare
Aprecio a liberdade, por isso eu faço free
Nego fala muito, mas não tem pela que 'guenta
Vim pra ser Bill no Faustão, cês são Pollo no Esquenta
Nóis

[Verso 4: Bob 13]
Tio Bob vai ser pai, e a família só se ergue
Princesa da BDA, vai ser os motivos dos meus RAPs
Mais responsa na minha conta, é só a ponta do iceberg
Produzi o cristal mais raro, pique e naipe Heisenberg
MCs de funilaria só remendam flow soldado
Confundem minha amizade só porque sempre sou dado
Se tu quer zerar o game aprenda a jogar os dados
Peita a BDA e o Tanque, enfrente os índios e os soldados
Estilo Forrest Gump, contador de histórias longas
Meu som é arroz com feijão, ao contrário do mano Djonga
O rap é parque diversão, todos tão tirando onda
Vou espantar essas crianças bem mais que a macaca Conga
Chaveie o meu bigode, foi por causa do stress
Muito trampo, pouco tempo
Não é sorte, nem revés
Mais um hit concluído, Chiocki no beat class
Se a BDA é divisor de água, me chamem de Moisés
[Verso 5: Motta]
Cypher, mano
BDA, Garulhos
Vim pôr GR no mapa, mais que ponto cardeal
Só repara na minha papa, nem veem que eu sou cardeal
Irradio rimas, rasgando mais rádios
Rhymes so so, radial
Meu apelido entre suas minas é de Papa Nicolau, viu
Me aventurei com a morte, sou Sarutobi ou Yagami
Cada linha um homicido, desdobro mais que origami
Sou Ori nesse game, Yori no flow com furacões insane
Sem fama, sou infame pra essa sua gang bang
Pisão pra essas barata tonta
Estudei um pouco de matemática e vi seis pedirem as contas
Referencias ocultas igual notas de dólar
É o Game, boy sem linha advanced
Nós mostra que cê é só um eleitor do Collor
Um olho no lance, de molho na lança
Na ponta nós desponta sem desapontar
Um só balanço e quebramos balança
Com peso nas barras, não é da minha conta
Frito mais do que trance, só pensa em transa e isso mostra um fato
Que nós não veio estourar na cena
Viemo explodir o teatro

[Verso 6: Jafari]
Essa vida sofrida calo
Com arte, igual Frida Khalo
Rimei até o free dar calo, ok?
Calo esses MCs imóveis, devia ter dado os móveis
São vazios sem dados móveis, falei
Do rap game na internet
Eu sou o Cavalo de Troia
Avisa pra esses pivete
Likes nunca serão jóias
'Cês boia nesses assunto, vou fundo nesses assunto
É meio leviatã a minha bic
Cuspindo umas rimas juntos, com os cara que aqui tão junto
Cês aprenderam a cuspir no Titanic?
Seus versos sempre foram mortos
Então voltem pro saco
Vão querer não ter nascido
Então voltem pro saco, e eu
Saco essas rima tipo pistola, descola
Que isso num é fita de escola
Cola nas rua onde a maldade assola
Rola dos mano de tratar com a sola
Bola porque as loja num tem vitrine
Num amola, não tem ideia então não opine
Isso é vida real, tá longe do Intercine
Shots não são de tequila e as bala não são da Fini
[Verso 7: Krawk]
Te venço no primeiro tempo
Nunca precisei de acréscimo
Pique Gladiador, seu Máximus não é nem meu Décimus
Enquanto cês falam pra caralho, meu time segue avante
Guardo palavra e nem reza braba
Faz com que esses Pato Donald Trump
MCs Minecraft, tudo flow quadrado
Nós tem os cheiro das tiete
E eles? Tietê alagado
E cê tá ligado, ou cê ta logado?
Jogado no banco não deixa legado
As réplicas caem, uma por uma, então para, com esse hype alugado
Só rima venenosa, saliva cítrica
Os menor nem faz prosa, quer falar de lírica
Mas quando eu rimo no ouvido dela
Se eu rimo no ouvido dela
Ela se molha tanto que tem uma alta crise hídrica
Sou Sub-Zero, e não quero fazer as pazes
Cês tem que subir de nível, tão submissos as fases
São subintendentes, por isso não entendem minhas frases
Me subestima de novo que eu te mando pro submundo de Hades

[Verso 8: Refel]
Eu vou até o final
Seguindo meus passos, correndo do tempo
Tentando viver sem pagar de exemplo
Mas nesse momento dentro do tormento
E na moral
Eu dou uns trago sabendo do estrago
Mas não quero te ver com um maço
Faça o que eu digo
Não faça o que eu faço
Antes memo do cê tá nas festa
Antes, bebendo, caindo, e caindo de testa
Bem antes de um sonho ser só o que te resta
Eu faço o que eu amo, vivo do que eu amo
Festejo minha vida, mas ela não é festa
Enquanto cê ta preparado, eu tô seguindo pós avante
E pros amante de modinha e de panela: vai se foder
Porque decorada não é ataque
Suporte não é punch line
E o principal de tudo isso
Batalha num é rolê
Sou underground, não subsolo
E subir solo não é subir sozinho
Pois quem tem o memo objetivo
Sempre se encontram nesse caminho
E eu quero os parceiros de boa
Dinheiro vai ser só enfeite
A família com o bom e do melhor
E os renegado de Renegade