[Letra de "Cidade 2000"]
[Intro]
Yeah, hoi
Matuê, trazendo a lição pra você
Yeah
[Verso 1]
Na minha lista é muita gente a dedicar
Força pros moleque de rua do Ceará
Você que todo dia tem um leão pra matar
Correndo do Titan até o Jardim America, ayy
Pra juventude que hoje vive no descaso
Desse sistema falho, ir pra escola é um atraso
Esquema de milhões, fachada é um Lava-Jato
E o nosso dinheiro cai na mão de mais um porco nato
Desculpa, eu cansei de viver assim
Ver meus irmãos sempre um passo do fim
Será que amanhã eu vejo o sol raiar?
Ou a morte vem e eu deixo ela me levar?
Eu deixo ela me levar?
[Refrão]
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade
[Ponte]
Fortaleza representei, yeah-ai
[Verso 2]
Playboy passou com baseado na mão
Se fosse preto e pobre era pra detenção
Ainda se diz que não há discriminação
E a guerra às drogas, pondo um jovem pobre no caixão
Ayy, e todo dia a gente sofre de viagem
Político malaca não entende a realidade
Forçando o povo para a criminalidade
Com leis que não condizem com problemas de verdade
[Refrão]
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade
[Verso 3]
Será que vai chegar tua vez
De carregar o teu filho na mão?
Alguns vivem como reis
Enquanto outro vive a pior condição
Será que é isso que resta?
Nós que resta, nós
Eu grito e ninguém escuta minha voz
[Refrão]
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade
Yeah, vivendo na cidade, arde, yeah-ai
Ao meio-dia no sol, sem sombra, sem dó
Poeira cerca o cerrado de concreto da cidade