[Intro: Chullage]
[Verso: Tilt, Nero]
ORTEUM fuma a última
Segue as pegadas das costas da indústria
Se essa palhaçada é arte q'se foda a música
E a minha geração de coma estúpida no chão, não
Não intacto, vazio, pulmão inchado
Morto e são no meio do prado
Desilusão no meio do gado
Ao ver o estado do mercado envenenado
E o passado a ser pisado por um style hipotecado
Podes chamar de atrofio, avacalho ou freestyle
Mete no rec, ORTEUM parte mais um instrumental
E o importante é que não falte o ingrediente essencial
Tipo em noite de santos com uma pedra de sal
Ya, eu amo sal
Mesmo em água doce é como se fosse o Santo Graal
Movimento a virar olhos provando o meu grande falo
Sangue de metal, gigante letal desfaz
O tal mata a tuga em sinal de paz
Esquece o teu mundo cor de rosa e esse fogo de artificio
Este é bárbaro como um Viking, é cada sacrifício
E aqui não existe piedade por mais que supliques
Nem um botão de quit para puderes voltar ao início
Agarra e bebe tudo
Só dum golo já nem sente o gosto ao líquido
Porque os tempos alteraram o sabor ao ritmo
Sinto-me ridículo pelo amor que eu sinto a isto
Moda é estaca e estanca o bicho sem sair do mesmo sítio
Vê o morto ao vivo a entregar o corpo ao químico
Se fosse mais positivo cometia suicídio
Deste pingo gorjeta
Hoje rap é trap rabeta
Bué de paleta, não há quem pegue caneta
Fuck that, vêem o rap como produto é nítido
Agora é swag rap
Cavas e calção à corredor olímpico
ORTEUM vir com estilo crítico
Muitos acham que é típico
Mas é tudo uma questão de princípios