​nastyfactor
Meu Caçula
[Verso 1 - Factor]
Por mais que eu chame mano a outros manos
Com o passar dos anos
Vais ver que não é por mal, são coisas de homens grandes
Assuntos desinteressantes, para putos do teu tamanho
Mas espero que escutes o que eu tenho para te dizer
Sei que é estranho veres todo o meu empenho
Quando estou naquele quarto
E quando me chamas para brincar eu não venho, deves estar farto
Mas mantém-te criança porque um dia mais tarde
Vais ver como o tempo avança e nos foge como um cobarde
Vais ter oportunidade de ver com grande claridade
Temas obscuros que os media metem de parte
Temas que os pais dizem pra termos cuidado
E que por experiência eu digo para te manteres afastado
Tu faz tudo por tudo para dar orgulho aos pais
E não tudo por tudo para ser como os demais
Porque se um dia tu cais, tu nem te acreditas
Vais ver quantos estavam te a subir para as cavalitas
E quanto mais velho ficas, mais tu te certificas
Que quanto mais te justificas menos eles acreditam
E é quando tu te aplicas, e o esforço duplicas
Que muita gente picas e bocas também duplicam
Saberás do que és capaz quando eles falarem mal
Mas tu mantém-te na Paz por que isso vai ser normal
Tão normal como cada vez que eu me zango
Porque eu só quero ver bem quem é sangue do meu sangue!!
[Refrão]
Meu Caçula, Meu Caçula, Meu Caçula
Olha para ti já esta a ficar moço!
Meu Caçula, Meu Caçula, Meu Caçula
Meu irmão de sangue, carne, pele e osso!
Meu Caçula, Meu Caçula, Meu Caçula
Olha para ti já estás a ficar homem!
Meu Caçula, Meu Caçula, amigos vão e vêm mas irmãos
Esses nunca somem!

[Verso 2 - Neck]
Por mais que surja inveja, confusões e diss’s
Eu tenho medo que a mãe não veja as vossas traquinices
Começam as chatices numa fase ainda critica
Queres criar raízes numa idade ainda mítica
Segue a politica que paira lá por casa
Ninguém te corta a asas ensinam-te é a voar
Mesmo quando tu cais ensinam-te a cair
A levantar a cabeça a sorrir e a sair
Mano de ano para ano o ser humano cresce
Vê o que fez e sabe não se mexe no passado e arrepende-se
Terás a tua vez vais ver que com os mais velhos aprende-se a valer
E a dar valor aos pequenos pormenores
Só quero sejam melhores que eu, e tu meu caçula
Meu reguila, meu pula pequeno
Meu viciado em computadores desde que eu me lembro
De ti de Chucha, de fralda sentado
Não há melhor recordação que possa ter guardado
És amado pelo pai, és mimado pela mãe, adorado pelos manos;
Aqui em casa ninguém te quer te mal
Lágrima fácil sem motivo pra tal
Guardas para um dia necessário quando algo te abale
Não te cales nesse dia, perante esses males
Porque a mão está sempre fria, congelada para ajudar
[Refrão]
Meu Caçula, Meu Caçula, Meu Caçula
Olha para ti já esta a ficar moço!
Meu Caçula, Meu Caçula, Meu Caçula
Meu irmão de sangue, carne, pele e osso!
Meu Caçula, Meu Caçula, Meu Caçula
Olha para ti já estás a ficar homem!
Meu Caçula, Meu Caçula, amigos vão e vêm mas irmãos
Esses nunca somem!

[Verso 3 - Papillon]
Sem dúvida o mais importante, és meu semelhante, meu brada
Juntos contra o mundo desde o tempo das fraldas
Juntos na palmada no rabo e na palhaçada
Juntos de ama em ama sem paca mãe nem father
Vida de montanha russa com loops, altos e baixos
Independente estiveste sempre ao lado de um gajo
Sempre fui eu e tu; sempre fomos nós os dois
E acredita, fizeste muito do homem que eu sou hoje;
Querias sempre vir comigo para onde quer que eu fosse
Com os meus amigos era o caos, furtar bolicãos no pingo doce;
Cena descontrolou-se quando te apanhei a fumar ainda canina
Dei-te bofa, hoje és atleta e não viciado em nicotina
Se fui amargo desculpa, tinha as melhores intenções
Mas não se faz uma limonada sem ter limões
As vezes a vida é um teste, há que errar nalgumas lições
E hoje sei que o meu exemplo valeu mais que mil sermões
Pois não fazes o que te digo, mas fazes sempre o que eu faço
Falo, sou chato e repito, mesmo que isso te embarace
Para fugires aos perigos que surgem sem marcar data
Tipo quando deste pr’a acrobata e partiste a omoplata
Memórias sem maca, não passou de um bom cagaço
Se é pra te ver partir prefiro mesmo que partas um braço
Pois no sucesso ou fracasso vais ver sempre a minha mão
P'ra dar um empurrão ou pra te levantar do chão, meu caçula