Vitor Rocha
Eu Vou Contar Uma História
[TIA]
Eu vou contar uma história
Que eu não sei como começa
Eu vou contar uma história
Que eu não sei qual é o fim

TIA: Até onde batem as asas desse pau-de-arara?
MAMULENGO: Até ali pelas bordas de São Paulo
TIA: Maravilha! E leva muito tempo?
CABRA-DE-LATA: Tempo é o que ele menos leva, minha senhora
TIA: E tem espaço pra mais três?
CABRA-DE-LATA: Tem

TIO: Vamo simbora, Dorotéia! Vamo simbora
DOROTÉIA: Eu num vô! Eu já disse que eu não quero ir!
TIO: Mámenina, já tivemo essa conversa, num é? Vamo simbora, Dorotéia!
DOROTÉIA: Não!
TIO: Vê se cresce, Dorotéia!

TIA: Ande logo, minha filha, escute o seu tio. Pegue as suas coisas e vamo simbora, venha
DOROTÉIA: Mas, tia... Por que a gente tem que ir?

[TIA]
Eu vou contar uma história
Que eu não sei se interessa
Mas essa é nossa história
E eu vou contar mesmo assim
Eu vou contar uma história
Que eu não sei como começa
Eu vou contar uma história
Que eu não sei qual é o fim

Eu vou contar uma história
Que eu não sei se interessa
Mas essa é nossa história
E eu vou contar mesmo assim

[TODOS]
A cada adeus que se dizia
A cada nó que se franzia
E como só nunca se ia
Juntou-se o pó e se criou a poesia

A cada adeus que se dizia
A cada nó que se franzia
E como só nunca se ia
Juntou-se o pó e se criou a poesia

Eu vou contar uma história
Que eu não sei como começa
Eu vou contar uma história
Que eu não sei qual é o fim
Eu vou contar uma história
Que eu não sei se interessa
Mas essa é nossa história
E eu vou contar mesmo assim

[CORO]
Tem que ser tão
Tem que ser tão
Tem que ser tão
Tem que ser tão...