[Intro]
Confessa, confessa, confessa...
[Verso 1]
Confessa a dúvida, a tua doía
Oferece a bunda à dúzia
Transparece dúbia
E aparece de forma súbita
Amanhã fecundo-a com esta espada
D'artagnan na vulva
Esclareço texto na fuça
Voltando ao tópico
Se te faltar algum
Dá-me o toque
É que o mundo não gira à tua volta
E mentes-te a ti próprio
Tu rodas-te atrás dele
És um eclipse crónico
Ninguém o vê sem óculos na sombra de um pódio
Muda a demência, fica a mesma lata
Displicência inata
L-Ali sem álibis na fala
Decadências já marcadas sem cadências maradas
Numa promoção macabra com as maracas
A manga é curta para tanta carta
A banca crasha e o barco afunda
Rap cresce e Bandicoot a partir esta caixa
Agarra a máscara ou carapuça
'Tás a pular a cerca
És só mais um carneiro a adormecer esta coluna
Avante com a pedrada na manada dos comunas
Se bem me lembro é em setembro
Que costumas abanar esse [catembe?]
Com o membro enquanto fumas
Tão rebelde que julgas ser
Queres acender o caos mas só com paus
Senão vês tudo a arder
Escrevo os versos dos teus sonhos
Enquanto durmo e felizmente
Não sonhamos nos mesmos termos
Vejo o que ouviste naquele que dizes
É transparente, o teu verso vai para fora cá dentro
Roda bota fora, bota o byter fora da rede
Dá-me um kick e uma tarola no tempo
Sample fudido, serve a cola com gelo
Bass frito, o beat é feito em dois tempos
Diz o pesca contente
Granda pescarete
Granda porcaria
[Refrão]
Para quem se diz fora da caixa com penúrias
Como é que 'tás fora dela
Se não existe caixa nenhuma
Uma pergunta:
"Os padrões são incutidos pelo meio que te circunda
Ou concebidos dentro dessa cabeça dura?"
Para quem se diz fora da caixa e com penúrias
Como é que 'tás fora dela
Se não há caixa nenhuma
Uma pergunta:
"Os padrões são incutidos pelo meio que te circunda
Ou concebidos dentro dessa cabeça dura?"
[Outro]
Cabeça dura
Cabeçinha pensadora
Mas essa cabeçinha pensa pouco mano