[Intro]
Sindrome de Palindrome
Tenho a sindrome de Palindrome
Check

[Verso 1]
Como é Mané? Eco aberto
Dropa lá um verso
Encho e vazo o palco como uma maré de rap
Eu dó ré mi faz sol lá na cidade
O rapaz controla o clima quando rima ali sentado
Isto é o L-Aleatório
De volta ao horário nobre
A javardar em beats até limpar o meu nome
Não me confundas com o resto do movimento
Agora reina o supérfluo e cospem todos veneno, sim
Rap e encéfalo, sente-se o desenvolvimento
Rappers precisam de lições
Como ter um verso é remeter o óbvio ao exagero
A comprometer o hobby
Com mensagens que são de borla a tempos
São lames lamento
'Tou farto dos bons concelhos
Dos samaritanos da moda do momento
São lames lamento
Tenho a sindrome de palindrome
Tenho aulas com a lua, a aula é a lua
Lês ao contrário e a capicua não acaba
Até o poeta se enquadra a reviver
Como se andasse para trás nas quadras
Para culminar as falhas
Rir, o breve verbo rir
Trocados os espaços e o sentido
Faz sentido e vais sorrir
Vais sentir e vais ceder
Quando sentires que vim aqui
Só para javardar-te a mente
Ou como dizer, deixar-te a mente em merda a condizer contigo
Ouvinte que ouve merda é merda ouviste
Mas se não ouves desiste
Não é para ti mano

[Verso 2]
Procuro Variações na vida sem ser o António
Junto o Lobo Antunes aos fumos
E sai um filho pródigo
Literalmente aficionado à literatura
Usa aliteração para a perfeição que [o D2?] procura
Dei-te os passos
Dizem-me que à terceira é que é de vez
Tentei causar impacto com um álbum e dois EPs
E o que é que vês?
E o que é que vês?
E o que é que vês?
Nada porque és uma cabra cega